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Presidente da Bolívia convoca um diálogo político para encerrar protestos e marcas eleições

17:31 | Ago. 08, 2020
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A presidente interina da Bolívia, Jeanine Áñez, convocou autoridades eleitorais, atores políticos e sindicais, sob mediação da Igreja Católica, a um diálogo político agendado para esse domingo, para que se decida a data das próximas eleições presidenciais e acordar o encerramento dos bloqueios nas estradas realizado por grupos opositores.

"O objetivo é confirmar a data eleitoral e suspender os bloqueios que estão impedindo a passagem do oxigênio para os pacientes com a Covid", informou a interina em um comunicado público divulgado neste sábado, 8.

Áñez referiu-se às eleições gerais que foram adiadas pela segunda vez, e novamente agendadas para 18 de outubro, e aos protestos de repúdio ao adiamento do processo eleitoral, que acontecem em seis departamentos do país desde a segunda-feira.

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Foram chamados para a reunião: o Tribunal Superior Eleitoral, a Central Obrera (a maior organização sindical do país), os presidentes da Câmara dos Deputados e Senadores, e os candidatos à Presidência e vice-Presidência das próximas eleições. "Este diálogo deve ter como observadores os membros da Igreja Católica", ressaltou a chefe de Estado.

Segundo o vice-presidente do Senado, Omar Aguilar, citado pelo site do jornal El Deber, a Igreja Católica e o embaixador da União Europeia concordaram em atuar como mediadores.

Camponeses, indígenas e cidadãos apoiadores do ex-presidente boliviano, Evo Morales (2006-2019), formaram vários bloqueios nas estradas desde segunda-feira como forma de exigir que as eleições sejam realizadas em 6 de setembro, conforme planejado após o primeiro adiamento.

Em algumas áreas de Santa Cruz (leste) ocorreram confrontos entre os que bloqueavam as estradas e grupos contrários a eles. O governo denunciou que opositores que estão atuando nos bloqueios roubaram caminhões que transportavam alimentos.

Diante do aumento das tensões, as autoridades bolivianas alertaram sobre um possível uso iminente das forças de segurança para encerrar os bloqueios nas estradas.

Na sexta-feira, Morales denunciou que um "golpe de Estado" está em curso para instalar um governo civil-militar na Bolívia. Por outro lado, as entidades empresariais pediram um Acordo Nacional para enfrentar as consequências para a saúde e economia ocasionadas pelos bloqueios nas estradas.

Centros hospitalares denunciaram que os protestos chegaram ao extremo de impedir a passagem de reservas com oxigênio, essenciais para o atendimento dos pacientes com coronavírus. (AFP)

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