Elefanta chega a novo lar no Brasil após longa viagem desde a Argentina; veja fotogaleria
Nascida na Índia, Mara veio para santuário na Chapada dos Guimarães após sair de zoológico extinto em Buenos Aires. Antes, ela fora atração de circoA elefanta Mara comemorou nesta quarta-feira,13, com um banho de terra e água, sua chegada a um santuário na Chapada dos Guimarães, Centro-Oeste do Brasil, onde viverá em melhores condições e poderá descansar de uma longa travessia desde Buenos Aires.
O animal, nascido na Índia, tem idade estimada entre 50 e 54 anos e chegou ao Santuário de Elefantes do estado de Mato Grosso após deixar, no último sábado, o Ecoparque de Buenos Aires, extinto zoológico onde vivia desde 1995, depois de passar a primeira parte de sua vida como atração de circo.
"Agradecemos a todos que nos ajudaram, principalmente ao Ecoparque de Buenos Aires, e às autoridades de Brasil e Argentina, que tornaram possível o transporte internacional da elefanta durante esta pandemia", publicou o santuário no Facebook, onde transmitiu ao vivo a chegada do animal. "Mara está em casa!", comemorou a organização.
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AssineA viagem estava programada desde janeiro e respeitou procedimentos de segurança para proteger do novo coronavírus o animal e as duas equipes técnicas que acompanharam parte do trajeto.
Mara, de 5.550 kg, foi transportada em uma jaula-contêiner, descarregada com a ajuda de um guindaste por volta das 13h40min. O animal saiu com cautela, após inspecionar com sua tromba, por cerca de 40 minutos, a entrada do recinto onde passará a primeira noite, para iniciar a sua adaptação.
No santuário, de 1.133 hectares, localizado na Chapada dos Guimarães, Mara viverá em um ambiente de árvores, grama e espaço para brincar na lama, juntamente com outras três elefantas asiáticas: Maia, Lady e Rana.
Como parte do processo de adaptação a condições mais livres, Mara deixou a jaula quando quis, e, do lado de fora, era aguardada por uma montanha de terra e água, que o animal começou a jogar no próprio corpo em meio ao calor mato-grossense.
A elefanta não foi incentivada a sair da jaula, para que comece a "tomar as próprias decisões" em sua nova vida no santuário, explicou uma funcionária durante a transmissão ao vivo. O animal, de 3 metros de altura, alimenta-se de 1.000 kg diários de verduras, forragem e junco.
Em outubro de 2019, a elefanta asiática Ramba, com idade estimada entre 60 e 65 anos, chegou ao santuário procedente do Chile, depois de décadas atuando em circos sul-americanos. Dois meses depois, morreu devido a uma doença renal diagnosticada sete anos antes.
O santuário, o primeiro deste tipo na América Latina, foi inaugurado em 2016, com a ajuda da organização Global Sanctuary for Elephants (GSE), com sede nos Estados Unidos.
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