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Dados astronômicos revelam furacões massivos e ventanias que duram séculos em Júpiter

As informações do maior planeta do Sistema Solar foram adquiridas por meio de três anos de observação do Telescópio Hubble e do Observatório Gemini
21:14 | Mai. 10, 2020
Autor Clara Menezes
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Tipo Notícia

Furacões com mais de 65 quilômetros de altura e metade do tamanho de um continente. Ventos que duram séculos. Relâmpagos três vezes mais fortes que os da Terra. Esse é o clima comum de Júpiter, o maior planeta do Sistema Solar. Para entender essa atmosfera, astrônomos estudaram de forma mais detalhada o local.

Os dados foram coletados pelo Observatório Gemini, no Havaí, e pelas imagens do Telescópio Hubble, satélite lançado no espaço pela Nasa em 1990 e que continua em funcionamento até hoje. "Essas observações coordenadas provam mais uma vez que a astronomia inovadora é possível, combinando as capacidades dos telescópios Gemini com instalações complementares de solo e espaço", afirma Martin Still, diretor da Fundação Nacional de Ciência (NSF), que financia o observatório, em artigo.

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A colaboração entre os dois times possibilita um aprofundamento dos estudos sobre o clima. “A Niri (equipamento que produz imagens do espaço) do Gemini é a maneira mais eficaz dos investigadores norte-americanos e das parcerias internacionais obterem mapas detalhados de Júpiter no comprimento de onda preciso”, diz Michael Wong, da Universidade de Berkeley, que comanda a pesquisa.

Os pontos escuros na mancha vermelha de Júpiter agora podem ser estudados
Os pontos escuros na mancha vermelha de Júpiter agora podem ser estudados (Foto: Nasa/Esa/Michael Wong)

As informações reunidas permitem ver o que antes não era visível por causa das nuvens que acobertam as imagens. A mancha vermelha, característica forte do planeta, tem pequenas manchas escuras que ainda não tinham sido estudadas. Nas imagens coletadas, sua quantidade de luz infravermelha foi capturada, mostrando os buracos de calor que existem no lugar.

Esse fato está diretamente relacionado aos relâmpagos e aos raios recorrentes. De acordo com o artigo publicado pela Nasa, essa situação é importante para começar a entender Júpiter e outros gigantes gasosos — planetas com um "pequeno" núcleo sólido em comparação à quantidade de gás que lhes circunda. Consequentemente, astrônomos começam a compreender melhor como o Sistema Solar é formado.

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