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Conheça o planeta que desafia a teoria que explica a formação planetária

Uma equipe internacional de astrônomos descobriu o planeta, nomeado GJ 3512b, que é extremamente grande em comparação com sua estrela-mãe
13:55 | Out. 05, 2019
Autor O POVO
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O planeta gigante encontrado gira em torno de uma estrela anã vermelha tipo M, uma das mais comuns da galáxia. Esse fato é extraordinário porque o planeta desafia uma das teorias mais aceitas entre astrônomos: a acreção. Segundo o site da Companhia de Pesquisa de Recursos Minerais (CPRM), essa hipótese faz referência ao nascimento e crescimento de planetas por meio da agregação de poeira estelar e outros corpos.

A teoria estabelece, porém, um tamanho padrão para os planetas de acordo com cada estrela. “O GJ 3512b, no entanto, é um planeta gigante pelo menos uma ordem de magnitude mais massiva do que os planetas previstos pelos modelos teóricos para uma estrela tão pequena”, argumenta o coautor da publicação e professor da Universidade de Bern, na Suíça, Christoph Mordasini à BBC News. Dessa forma, a acreção não abrange o planeta encontrado pelos pesquisadores.

A pesquisa, publicada pela revista Science, ressalta que essa situação “propõe um desafio para as teorias de formação planetária”. Segundo o coautor do estudo e pesquisador do Instituto Max Planck de Astronomia, Hubert Klahr, os únicos planetas desse tipo que tinham sido encontrados até o momento eram muito novos, quentes e longe de suas estrelas-mãe, o que dificulta estudos decisivos.

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No universo, existem discos de gás presentes ao redor das estrelas. Em uma entrevista para a BBC News, Peter Wheatley, professor e pesquisador da Universidade de Warwick, no Reino Unido, demonstra que geralmente as pessoas pensam que planetas gigantes iniciam a vida como um núcleo de gelo que orbita nesses discos.

Porém, “os autores consideram que esse planeta tenha se formado repentinamente quando parte do disco de gás entrou em colapso por causa de sua gravidade”, afirma Peter Wheatley, professor e pesquisador da Universidade Warwick, no Reino Unido, em entrevista para a BBC News. Essa instabilidade em torno da estrela com pouca massa é uma situação “extraordinária”, segundo Huber Klahr. Isso ocorre porque o estudo questiona o entendimento que se tem sobre a formação dos planetas.

Dados da publicação afirmam que aproximadamente 400 exoplanetas (que não possuem o Sol como estrela-mãe) já foram encontrados, mas apenas 10% desses orbitam em estrelas anãs tipo M, apesar de serem predominantes na galáxia. Essa situação acontece por causa da falta de visibilidade dessas estrelas pelas ferramentas de estudos astrônomos.

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