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Trump sugere que China investigue rival democrata

O presidente Donald Trump pediu publicamente nesta quinta-feira, 3, para a China investigar o ex-vice-presidente e pré-candidato democrata à presidência dos EUA, Joe Biden. Desde a semana passada, Trump é alvo de um inquérito de impeachment que investiga um pedido semelhante feito por ele, por telefone, em 25 de julho, ao presidente da Ucrânia, Volodimir Zelenski.
"A China deve iniciar uma investigação sobre Biden. O que aconteceu na China é tão ruim quanto o que aconteceu na Ucrânia", disse Trump aos jornalistas na Casa Branca, antes de seguir para a Flórida, para um ato de campanha.
O republicano afirmou que poderia pedir ao presidente chinês, Xi Jinping, que iniciasse uma investigação sobre a atividade do filho do ex-vice-presidente, Hunter Biden. "Eu não fiz isso, mas certamente é algo que podemos começar a pensar", disse Trump. Em seguida, ele também recomendou a Zelenski, novamente, que investigasse Biden.
Horas mais tarde, a CNN revelou que, no dia 18 de julho, Trump mencionou Biden em um telefonema para Xi. Os democratas estariam tentando obter a transcrição da conversa, que teria sido armazenada em um servidor secreto, exatamente como foi feito com o diálogo com Zelenski.
Barganha
No início da noite, o New York Times, citando três fontes da Casa Branca, relatou que Trump exigiu, em agosto, que Zelenski se comprometesse publicamente com uma investigação sobre Biden. Em troca, o americano lhe concederia um encontro bilateral, que teria acontecido em Nova York, na Assembleia-Geral da ONU.
O acordo entre Trump e Zelenski foi elaborado por Gordon Sondland, embaixador dos EUA na União Europeia, e Kurt Volker, enviado americano à Ucrânia, que pediu para deixar o cargo na semana passada. Nesta quinta, em depoimento de 9 horas na Câmara dos Deputados, a portas fechadas, Volker disse que alertou aos s ucranianos que não deveriam se meter na eleição americana.
Lobby
Hunter Biden trabalhou no conselho diretor da empresa ucraniana de energia Burisma. Nos últimos anos da presidência de Barack Obama, EUA, UE e FMI pressionavam a Ucrânia a demitir o procurador-geral do país, Viktor Shokin, acusado de engavetar casos de corrupção. A pressão deu certo.
No entanto, Trump e seu advogado pessoal, Rudy Giuliani, agora dizem que Shokin foi demitido porque estava investigado a empresa de Hunter, que também teria prestado o mesmo tipo de consultoria na China - de onde ele teria ganhado uma fortuna. Em julho, Hunter explicou o caso. Ele disse que ofereceu ao empresário chinês Ye Jianming "seus contatos" no governo americano para ajudar a "identificar oportunidades de investimento" para sua empresa. Ele explicou que Ye lhe enviou um diamante de 2,8 quilates (avaliado em US$ 80 mil), que o filho de Biden diz ter dado aos seus sócios.
O apelo de Trump à China foi surpreendente, porque os dois países travam uma guerra comercial. Após as declarações de Trump, a vice-gerente de campanha de Biden, Kate Bedingfield, disse que o presidente está "se agarrando desesperadamente a teorias da conspiração que já foram desmascaradas".
O processo de impeachment já tem apoio suficiente para ser aprovado na Câmara dos Deputados, dominada pelos democratas. Trump ainda confia no Senado, de maioria republicana. Para que ele seja destituído, 20 senadores republicanos, de um total de 53, teriam de mudar de lado, o que é considerado improvável. (Com agências internacionais).
As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

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