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Presidente da Colômbia afirma que Maduro cometerá erro estúpido se atacar o país

O presidente da Colômbia, Ivan Duque, comparou o presidente venezuelano, Nicolás Maduro, ao criminoso de guerra sérvio Slobodan Milosevic. Duque disse que Maduro estaria cometendo um erro "estúpido" se atacar a Colômbia. Duque fez os comentários neste sábado em entrevista à Associated Press antes de viajar para Nova York. Lá, espera-se que ele condene Maduro na Assembleia Geral das Nações Unidas como um autocrata abusivo que não apenas é responsável pela catástrofe humanitária do país mas que agora também ameaça a estabilidade regional por supostamente receber rebeldes colombianos. "A brutalidade de Nicolas Maduro é comparável a Slobodan Milosevic", disse Duque. "Ela deve ter fim."
Duque não descartou um ataque militar contra os rebeldes marxistas que ele afirma estarem se escondendo no país vizinho, mas disse que qualquer agressão das forças armadas da Venezuela imediatamente causaria uma resposta regional que incluiria sanções adicionais e ações diplomáticas. "Se eles pensam em fazer algo tão estúpido, eles sabem quais serão as consequências."
O presidente colombiano aumentou a pressão contra Maduro nas últimas semanas após um pequeno grupo de rebeldes dissidentes de esquerda decidiram quebrar o processo de paz colombiano e se armar contra o Estado novamente, afirmando que o governo rompeu o acordo que tinha como objetivo encerrar mais de cinco décadas de conflito.
O líder da Colômbia também deve acusar Maduro de quebrar uma resolução do conselho de Segurança da ONU aprovado após os ataques de 11 de setembro por receber os rebeldes. O presidente da Venezuela repetidamente negou as acusações. Embora Maduro não vá comparecer à Assembleia Geral da ONU este ano, seus delegados dizem que irão fazer acusações parecidas contra Duque, acusando-o de planejar ataques da Colômbia contra o seu governo. "A oligarquia colombiana quer preparar o terreno para uma agressão armada contra a Venezuela", disse recentemente o ministro das Comunicações venezuelano, Jorge Rodriguez.
As crescentes tensões na fronteira têm implicações geopolíticas potencialmente perigosas e de alcance amplo. A pedido dos Estados Unidos, aliados recentemente resgataram um tratado de defesa mútua da época da Guerra Fria que exige que as 19 nações signatárias socorram umas às outras em caso de ameaça externa. Ministros das Relações Exteriores da maior parte das nações que fazem parte do Tratado Interamericano de Assistência Recíproca (TIAR), de 1947, têm reunião marcada para esta segunda-feira para avaliar sanções multilaterais. Embora o acordo permita uma resposta militar conjunta, a Colômbia e outros países afirmaram que a opção não está na mesa.

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