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Câmara dos EUA rejeita pedido de impeachment contra Trump

00:04 | Jul. 19, 2019
Autor DW
Tipo Notícia
Pedido levado adiante por congressista é derrubado por ampla maioria. Resultado indica divisão no Partido Democrata. Líder da oposição lembra que há seis comitês investigando o presidente.A Câmara dos Representantes dos Estados Unidos rejeitou nesta quarta-feira (17/07) um pedido de impeachment contra o presidente Donald Trump impetrado pelo congressista democrata Al Green em razão de insultos considerados racistas proferidos pelo líder da Casa Branca contra um grupo de congressistas do Partido Democrata. O pedido foi rejeitado, com 332 votos contra e 95 a favor. O resultado serve como uma indicação de como a questão do impeachment divide a oposição democrata num momento em que esquenta a corrida para as eleições presidenciais de 2020. A maioria dos 235 democratas na Câmara se uniu aos republicanos para engavetar a abertura do processo. A expressiva votação contra a proposta é um sinal de que a presidente da Câmara, a democrata Nancy Pelosi, obteve êxito em evitar uma derrocada democrata rumo ao impeachment antes do surgimento de novas evidências que possam ganhar de vez a opinião pública, que ainda demonstra ceticismo em remover Trump. Pelosi lembrou que existem seis comitês na Câmara investigando Trump. "Esse é o caminho sério que estamos seguindo", acrescentou. Ainda assim, um número considerável de representantes da oposição se manifestou favoravelmente ao pedido, o que pode significar um aumento no apoio ao impeachment entre os democratas mais liberais. Com cerca de duas dezenas de votos adicionais o partido se dividiria pela metade em relação ao tema. Até o momento, apenas 80 democratas se manifestarem publicamente a favor de remover Trump. "Há muitas lamentações, vindas de setores diferentes" disse Green após a votação. "Mas, às vezes, é preciso tomar uma posição." Entre os democratas que votaram favoravelmente ao impeachment estava Alexrandria Ocasio-Cortez, uma das congressistas criticadas por Trump em recentes tuítes considerados racistas, além de líderes de blocos de hispânicos, negros e progressistas, e veteranos liberais do partido. Na próxima semana, o ex-procurador especial Robert Mueller, que investigou supostas ligações entre a campanha de Trump e a Rússia, prestará depoimento a dois comitês da Câmara. Ele deverá responder sobre as suspeitas de uma ingerência russa na campanha republicana para as eleições de 2016 e se houve obstrução da Justiça por parte do presidente. Trump não perdeu a oportunidade para criticar a oposição. "Esse é talvez o projeto mais ridículo e moroso com o qual eu já tive de lidar", afirmou. "Não deveria ser permitido que isso volte a ocorrer com nenhum presidente dos EUA." Nesta terça-feira, deputados da Câmara dos EUA aprovaram uma moção de repúdio a Trump devido à série de comentários racistas que o presidente fez pelo Twitter. RC/afp/ap ______________ A Deutsche Welle é a emissora internacional da Alemanha e produz jornalismo independente em 30 idiomas. Siga-nos no Facebook | Twitter | YouTube | App | Instagram | Newsletter

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