Chavismo diz que impediu novo complô
O governo venezuelano assegurou ontem ter frustrado um plano de golpe de Estado que incluía o assassinato do presidente Nicolás Maduro e a proclamação de um general da reserva como chefe de Estado.
"Estivemos em todas as reuniões do planejamento do golpe. Estivemos em todas as conferências", disse o ministro de Comunicações, Jorge Rodríguez, ao indicar que o governo teve pessoas infiltradas no complô, que envolvia oficiais da ativa e da reserva e deveria ter sido executado entre domingo e segunda-feira.
Pelo menos seis dos envolvidos foram detidos, disse o ministro na TV. Ele apresentou o testemunho de um deles - o tenente Carlos Saavedra - e gravações de videoconferências nas quais se planejou a suposta intentona.
Quatro dos militares foram presos na sexta-feira, segundo já havia denunciado o líder opositor Juan Guaidó. De acordo com o presidente da Assembleia Nacional, junto com eles também foram detidos dois comissários da polícia científica.
Saavedra disse que é sobrinho do general da reserva Ramón Antonio Lozada Saavedra, detido ontem no Estado de Barinas. De acordo com o ministro das Comunicações, o testemunho de Saavedra e as conferências indicam que o plano incluía a tomada de três destacamentos - como a base aérea La Carlota, em Caracas - e a fuga da prisão do ex-general Raúl Baduel, para proclamá-lo presidente do país.
"Era um golpe de Estado militar contra Guaidó ou contra o presidente Maduro?", ironizou Rodríguez sobre o líder opositor, que se proclamou presidente interino em 23 de janeiro e foi reconhecido por mais de 50 países, entre eles Brasil e EUA.
Baduel foi ministro de Defesa de Hugo Chávez, que morreu em 2013, e foi rebaixado por Maduro, em 2018, juntamente com o general Antonio Rivero que, segundo o governo, vive na República Dominicana e liderava a conspiração. Rodríguez sustentou que os governo de Colômbia, Chile e EUA estavam envolvidos no plano.
Guaidó incitou, em 30 de abril, uma sublevação contra Maduro, mas, segundo informações, os militares que prometeram aderir à revolta desistiram na última hora. Os confrontos entre manifestantes e forças de segurança deixaram dezenas de mortos e feridos. (Com agências internacionais)
As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.
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