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EUA e Rússia trocam acusações após quase colisão de navios

00:01 | Jun. 08, 2019
Autor DW
Tipo Notícia
Países culpam um ao outro por incidente envolvendo cruzador de mísseis guiados americano e destroier russo no mar da China Oriental. Embarcações ficaram a apenas 50 metros de distância.A Rússia e os Estados Unidos trocam acusações nesta sexta-feira (07/06) após uma quase colisão entre um cruzador de mísseis guiados americano com destroier russo no mar da China Oriental. Os navios chegaram a apenas 50 metros de distância. Segundo a 7ª frota dos EUA, a embarcação russa colocou em risco a segurança do navio americano Chancellorsville e da tripulação, forçando-o a reverter todos os motores para evitar uma colisão. Ninguém ficou ferido e os navios não chegaram a bater. Um helicóptero, que operava sobre o mar, se preparava para aterrissar no Chancellorsville, que viajava em curso estável, quando o destroier russo, que navegava atrás da embarcação americana, aumentou a velocidade e ficou a uma curta distância. "Consideramos que as ações da Rússia durante esta interação foram inseguras e pouco profissionais. Não seguiram as Regras Internacionais para a Prevenção de Colisões no Mar, Regras do Percurso, e os costumes marítimos reconhecidos internacionalmente", afirmou o porta-voz da 7ª frota, Clay Doss. O secretário americano de Defesa em exercício, Patrick Shanahan, disse que os EUA farão uma queixa diplomática formal sobre o incidente e terão conversas militares com Moscou. Shanahan destacou que o ocorrido não impedirá os Estados Unidos de realizarem operações navais. Além do incidente naval, os Estados Unidos vêm se queixando repetidamente nos últimos anos de aviões russos que voariam perigosamente próximos de aeronaves americanas. Após a acusação americana, a Rússia afirmou que foi o cruzador americano que fez uma manobra perigosa ao atravessar o percurso do destroier Almirante Vinogradov. Em nota, a marinha russa disse que o Chancellorsville mudou de direção repentinamente e cruzou o caminho do Vinogradov a apenas 50 metros de distância, forçando a tripulação russa a fazer uma manobra rápida de emergência para evitar a colisão. Os militares enviaram então uma mensagem de protesto via rádio. Esse foi o primeiro incidente envolvendo navios de guerra na região desde setembro do ano passado, quando uma embarcação chinesa fez uma manobra muita próxima a um destroier americano. Na época, os EUA também classificaram a ação de insegura e pouco profissional. Pequim disse que seu navio tinha como missão afastar o barco americano de ilhas que a China reivindica como suas. As relações entre os Estados Unidos e a Rússia enfrentam o momento mais delicado desde a Guerra Fria devido às crises na Ucrânia e Venezuela, à guerra da Síria e ao alegado envolvimento de Moscou nas eleições presidenciais americanas de 2016. Os dois países têm trocado acusações frequentemente sobre manobras perigosas de aviões e navios de guerra. CN/ap/rtr/lusa ______________ A Deutsche Welle é a emissora internacional da Alemanha e produz jornalismo independente em 30 idiomas. Siga-nos no Facebook | Twitter | YouTube | WhatsApp | App | Instagram | Newsletter

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