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África do Sul confirma vitória de partido do governo

00:04 | Mai. 12, 2019
Autor DW
Tipo Notícia
Congresso Nacional Africano, do presidente Cyril Ramaphosa, obtém 57,50 % dos votos, mas amarga pior resultado desde o fim do apartheid. Reeleição do presidente Cyrill Ramaphosa é tida como certa.A África do Sul completou neste sábado (11/05) a apuração das eleições realizadas na quarta-feira, confirmando a vitória do Congresso Nacional Africano (CNA), do atual presidente, Cyril Ramaphosa, com 57,50 % dos votos. O partido manteve sua maioria absoluta no Parlamento, apesar de ser sofrido uma perda sensível, em comparação com os 62% obtidos em 2014. Este é o pior resultado do partido desde o final do regime racista do apartheid, em 1994. O comparecimento de eleitores alcançou uma baixa histórica, com 65%. Cerca de 27 milhões de sul-africanos foram convocados a votar para o Parlamento e para escolher representantes locais. Diante do clima de insatisfação no país, por causa de seguidos escândalos de corrupção, desemprego e pobreza, especialistas já haviam prognosticado perdas para o CNA, partido que já foi liderado pelo ativista antiapartheid Nelson Mandela. A principal legenda de oposição, o centrista Aliança Democrática (DA), sofreu uma ligeira queda, saindo dos atuais 22%, para 20,77%. Partido tradicionalmente associado ao voto da minoria branca, tentou durante a campanha atrair as classes médias urbanas negras. Já o esquerdista Combatentes da Liberdade Econômica (EFF) sai das urnas como o principal beneficiário da fuga de votos do CNA, crescendo de 6% para 10,79%, apenas seis anos após sua fundação. Os populistas, liderados por Julius Malema, ex-líder da ala jovem do CNA, focaram sua campanha nos eleitores negros desiludidos com o governo. O partido da minoria branca, Frente da Liberdade Plus (FF+), cresceu de 0,9% para quase 2,4%. Na África do Sul, o Parlamento também escolhe o novo chefe de Estado. Assim, o presidente do CNA, Cyril Ramaphosa, tem quase como certa sua reeleição para um segundo mandato. Ele assumiu o cargo em fevereiro de 2018, depois que o então presidente Jacob Zuma renunciou, devido a acusações de corrupção. Ramaphosa, de 66 anos, prometeu aos eleitores agir de forma firme contra a corrupção e diminuir a pobreza no país. ______________ A Deutsche Welle é a emissora internacional da Alemanha e produz jornalismo independente em 30 idiomas. Siga-nos no Facebook | Twitter | YouTube | WhatsApp | App | Instagram | Newsletter

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