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Polônia convoca embaixadora israelense por declarações de Netanyahu sobre o Holocausto

11:59 | Fev. 15, 2019
Autor AFP
Tipo Notícia

O ministério polonês das Relações Exteriores anunciou nesta sexta-feira que convocou a embaixadora de Israel em Varsóvia após a publicação pela imprensa israelense de declarações atribuídas a Benjamin Netanyahu sobre o papel dos poloneses no Holocausto.

Os comentários de Netanyahu, negados pela embaixada de Israel, causaram desconforto na Polônia e quase fez descarrilar a cúpula do Grupo de Visegrado (Polônia, Eslováquia, República Checa, Hungria) programada para a próxima semana em Jerusalém.

"Eu assisti à coletiva de imprensa do primeiro-ministro. Ele disse que a nação polonesa havia colaborado com os nazistas, mas ninguém foi processado por ter mencionado esses poloneses que colaboraram" com os ocupantes alemães, disse Anna Azari, embaixadora israelense na Polônia na quinta-feira à noite.

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Segundo veículos de imprensa israelense - incluindo os jornais Jerusalem Post, Haaretz e The Times of Israel - que participaram da coletiva de imprensa de quinta-feira com Netanyahu, à margem de uma conferência sobre o Oriente Médio em Varsóvia, ele teria falado da "colaboração" dos poloneses com os nazistas no Holocausto.

A transcrição oficial das declarações de Netanyahu não foi publicada.

O primeiro-ministro israelense teria respondido assim a uma pergunta sobre uma polêmica lei polonesa, que causou indignação em Israel e nos Estados Unidos no ano passado.

Este projeto de lei previa sentenças de prisão para aqueles que atribuírem "a responsabilidade ou corresponsabilidade da nação ou Estado polonês pelos crimes cometidos pelo Terceiro Reich".

Mais tarde, uma emenda aboliu as sanções penais previstas no texto inicial.

Em uma onda de reações imediatas aos artigos da imprensa israelense, a Polônia propôs transferir a reunião do Grupo de Visegrado, marcada para 18 e 19 de fevereiro, para outro local.

O presidente polonês Andrzej Duda se ofereceu para organizar a reunião em Varsóvia, mas um porta-voz afirmou que a cúpula seria mantida em Jerusalém.

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