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Líder espiritual manteve escrava sexual presa em caverna por 15 anos, na Indonésia

Vítima pode ter sido mantida em cativeiro sob conivência da irmã
23:41 | Ago. 08, 2018
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[FOTO1]Um xamã identificado como Jago é acusado de ter mantido uma menina aprisionada em uma caverna pelos últimos 15 anos, na província de Celebes Central, na Indonésia. O líder espiritual capturou a jovem, então com 13 anos, enganando sua família, que o procurou por causa de seus poderes “de cura”.

Hoje com 83 anos, o líder é conhecido na aldeia de Galumpang por seus métodos tradicionais de cura, motivo este que fez a família da menina procurá-lo, em 2003. À época, porém, ao invés de curá-la, Jago informou aos familiares que a jovem teria fugido para Jacarta, capital do país.

De acordo com o jornal Jakarta Post, os parentes mantiveram buscas por durante anos, mas sem respostas, desistiram.

No último domingo, 5, a vítima foi encontrada pela Polícia no interior de um buraco rochoso, cuja entrada tinha no máximo 1,5 metro de diâmetro, em área florestal. O órgão policial informou que Jago transformou a mulher, agora com 28 anos, em sua “escrava sexual”.

O chefe de polícia Lqbal Alqudusy afirmou que a vítima era forçada a praticar sexo com o idoso, que alegava ser possuído pelo espírito de Amrin - um suposto namorado da garota. Com isso, ele abusava sexualmente da menina sob pretexto de possessão. 

Na aldeia, xamã era consultado por moradores que alegavam passar por problemas conjugais ou financeiros. "Quando ele (Jago) tratava as pessoas, agia como se estivesse sendo possuído. Muitas pessoas acreditavam nele", disse o chefe de Polícia.
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Para que não fugisse, xamã causava pânico na menina, dizendo que a caverna era “guardada” por Amrin.

A mulher disse à Polícia que várias vezes teve de tomar porções abortivas, dadas por Jago, durante o cárcere.

Conivência
De acordo com o Jakarta Post, a irmã da vítima, que é casada com o filho de Jago, supostamente sabia de sua privação. Em uma discussão com o marido, ela ameaçou denunciar o sequestro. Com isso, um vizinho teria ouvido a confissão e informado a Polícia sobre o caso.

Tanto a irmã quanto o marido foram interrogados e estão sob investigação. Jago, por sua vez, poderá pegar até 15 anos de prisão.
 
Redação O POVO Online 

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