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França pede respeito às vítimas de atentado em 2015, em reprovação a Trump

O presidente dos EUA afirmou em discurso que se alguma das vítimas dos ataques em Paris estivesse armada, os massacres poderiam ter sido evitados
19:55 | Mai. 05, 2018
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Em discurso ontem, 4, na Associação Nacional do Rifle (poderoso grupo de pressão americano a favor das armas), o presidente Donald Trump declarou que, se alguma das vítimas dos ataques em Paris estivesse armada, os massacres poderiam ter sido evitados.

"Foram brutalmente assassinadas por um pequeno grupo de terroristas armados. No seu tempo, mataram um por um. Bum! Venha aqui! Bum! Venha aqui!", disse o presidente americano, simulando com gestos um terrorista atirando contra as vítimas. "Se um funcionário ou cliente estivesse armado, os terroristas teriam fugido ou sido baleados, e a história teria sido outra", afirmou Trump.

A França manifestou-se hoje, 5, criticando o presidente e pedindo "respeito à memória das vítimas".

"A França expressa sua firme reprovação às declarações do presidente Trump em relação aos atentados de 13 de novembro de 2015 em Paris, e pede respeito à memória das vítimas. A livre circulação de armas no seio de uma sociedade não constitui uma barreira contra os ataques terroristas. Pelo contrário, pode facilitar o planejamento deste tipo de ataque", declarou a porta-voz do Ministério das Relações Exteriores da França, Agnès von der Mühll.

"A França tem orgulho de ser um país seguro, onde a compra e o porte de armas de fogo são estritamente regulamentados. As estatísticas envolvendo vítimas de armas de fogo não nos levam a rediscutir esta escolha", completou a porta-voz da diplomacia francesa.

As declarações de Trump deixaram indignados o ex-presidente François Hollande e seu ex-premier Manuel Valls. "Os comentários vergonhosos e os gestos obscenos de Donald Trump dizem muito sobre o que ele pensa sobre a França e seus valores", considerou Hollande.

"Indecente e incompetente. O que mais se pode dizer?", tuitou Valls, que, com Hollande, chefiava o governo no momento dos ataques de 13 de novembro de 2015.
 
 
Com informações do Diário de Pernambuco
Redação O POVO Online 
 
 
 



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