Participamos do

Anistia denuncia tratamento cruel contra mulheres e crianças ligadas ao EI

22:55 | Abr. 16, 2018
Autor O POVO
Foto do autor
O POVO Autor
Ver perfil do autor
Tipo Notícia

A ONG Anistia Internacional denunciou nesta terça-feira, 17, os castigos coletivos impostos no Iraque a mulheres e crianças com supostos vínculos com jihadistas do grupo Estado Islâmico (EI).

 

No relatório intitulado "Os condenados: mulheres e crianças isoladas, bloqueadas e exploradas no Iraque", a organização de defesa dos direitos humanos revela a situação destas pessoas em oito campos de refugiados. "Milhares de mulheres e crianças suspeitas de vínculos com o EI são condenadas [nestes campos] por crimes que não cometeram", afirma a ONG.

Seja assinante O POVO+

Tenha acesso a todos os conteúdos exclusivos, colunistas, acessos ilimitados e descontos em lojas, farmácias e muito mais.

Assine

 

São punidos por estarem relacionados, "mesmo que de forma distante, com homens envolvidos em qualquer nível com o EI ou por terem escapado de regiões consideradas bastiões deste grupo". Segundo a Anistia, estas mulheres e crianças não têm acesso a alimentos, água ou assistência médica, e são impedidas "de obter os documentos oficiais necessários para trabalhar e transitar". Também estão "proibidos de voltar a suas casas, e as mulheres são alvo de assédio sexual, estupros e exploração sexual".

 

Nos oito campos visitados, a Anistia afirma que as "mulheres são obrigadas ou pressionadas a manter relações sexuais em troca de dinheiro, ajuda humanitária ou proteção". "As mulheres sofrem um tratamento desumano e discriminatório por parte dos homens armados presentes nos campos. Os que deveriam protegê-las se tornam seus predadores", disse Lynn Maalouf, diretora de investigações sobre Oriente Médio da Anistia Internacional.

 

A Anistia exigiu ainda das autoridades que "acabem imediatamente com a prática comum e sistemática de desaparecimentos forçados de suspeitos de vínculos com o EI, que deixa milhares de esposas, mães e filhos em desespero".

AFP

Dúvidas, Críticas e Sugestões? Fale com a gente