Participamos do

Aos 96 anos, morre Naomi Parker, americana símbolo do feminismo

Ela começou a trabalhar na estação militar de Alameda e foi uma das primeiras mulheres a integrar o efetivo de uma casa de máquinas
14:49 | Jan. 23, 2018
Autor O POVO
Foto do autor
O POVO Autor
Ver perfil do autor
Tipo Notícia

[FOTO1]

A americana Naomi Parker Fraley morreu aos 96 anos no estado de Washington. Conforme a publicação norte-americana The New York Times, Naomi morreu no último sábado, em Longview. Ícone da luta feminista, ela posou para uma das mais conhecidas fotos da Segunda Grande Guerra, em que aparece de bandana vermelha e bolinhas brancas. O retrato "We Can Do It" - Nós podemos fazer isso - representa a mão de obra feminina nas fábricas naquele período..

Garçonete na Califórnia, ela começou a trabalhar na estação militar de Alameda e foi uma das primeiras mulheres a integrar o efetivo de uma casa de máquinas. Naquele tempo, o ataque do Japão à base de Pearl Harbor, em 1941, tinha acabado de acontecer. Ela trabalhava juntamente com a irmã caçula, Ada, no conserto das asas dos aviões.

Seja assinante O POVO+

Tenha acesso a todos os conteúdos exclusivos, colunistas, acessos ilimitados e descontos em lojas, farmácias e muito mais.

Assine

O artista J. Howard Miller, ao ver o retrato da jovem em jornais, quis desenhá-lo e transformá-lo em um cartaz de guerra. Entretanto, uma americana chamada Geraldine Hoff Doyle reivindicou ser ela na imagem, o que atrasou Naomi a receber os créditos pela inspiração.

Em entrevista à revista People, em setembro de 2016, ela afirmou que não conseguia acreditar que ela estava na foto, mas seu nome não constava na legenda. Ela disse que não queria fama nem fortuna, só a minha identidade. À época, ela também defendeu que as mulheres precisam de ícones. "Se elas acham que sou um, fico feliz", pontuou à revista.

Ela só foi encontrada após uma pesquisa de seis anos, feita por um professor de comunicação da Universidade Seton Hall, James J. Kimble. Ele disse que a idosa teve sua parte na História roubada.

 

Redação O POVO Online

Dúvidas, Críticas e Sugestões? Fale com a gente