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Washington sanciona dois norte-coreanos por programa de mísseis

17:11 | Dez. 26, 2017
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Os Estados Unidos sancionaram nesta terça-feira, 26, dois altos funcionários norte-coreanos por causa do programa de mísseis balísticos do país, informou o Departamento do Tesouro em um comunicado. 
 
"O Tesouro aponta para líderes do programa de mísseis balísticos, como parte de nossa campanha de máxima pressão para isolar (a Coreia do Norte) e terminar de desnuclearizar a Península da Coreia", diz o comunicado. 
 
Os dois funcionários constavam de uma lista difundida na sexta-feira pelo Conselho de Segurança das Nações Unidas no âmbito de uma nova resolução com sanções contra o regime de Pyongyang, indicou o Tesouro. 
 
"Kim Jong Sik é apontado como uma figura-chave do programa de mísseis balísticos da Coreia do Norte, incluindo a passagem de combustíveis líquidos a sólidos, e Ri Pyong Chol é também um funcionário-chave envolvido no desenvolvimento de mísseis balísticos intercontinentais da Coreia do Norte", acrescentou. 
 
Como resultado das sanções, qualquer ativo que os dois funcionários norte-coreanos eventualmente possuam nos Estados Unidos serão congelados. As transações comerciais com cidadão americanos também ficam proibidas. 
 
As tensões entre Pyongyang e Washington se intensificaram este ano e o teste com um míssil balístico intercontinental (ICBM) norte-coreano em 28 de novembro passado marcou um avanço nas possibilidades de o regime de Kim Jong Un ameaçar os Estados Unidos com um ataque nuclear. 
 
Na sexta-feira, o Conselho de Segurança da ONU aprovou um novo pacote de sanções contra a Coreia do Norte, que restringe o acesso de Pyonyang ao mercado internacional de combustíveis derivados do petróleo. 
 
Este conjunto de sanções, o terceiro aplicado este ano, recebeu apoio da China, um aliado da Coreia do Norte e considerado um país essencial para conter o governo de Pyongyang.
Em resposta, a Coreia do Norte classificou as novas sanções como "um ato de guerra". 
 
"Rejeitamos por completo essas novas sanções da ONU (...) como uma violação aberta à nossa soberania e como um ato de guerra que destruirá a paz e a estabilidade na península coreana", afirmou a chancelaria norte-coreana em um comunicado.
 
"Rejeitamos por completo essas novas sanções da ONU (...) como uma violação aberta à nossa soberania e como um ato de guerra que destruirá a paz e a estabilidade na península coreana", afirmou a chancelaria norte-coreana em um comunicado.
 
A aprovação deste novo pacote de sanções promoveu também um contato telefônico entre o secretário americano de Estado, Rex Tillerson, e o chanceler russo, Serguei Lavrov, para discutir a questão.
 
De acordo com a chancelaria russa, os dois governos "estão unidos na opinião de que os projetos de mísseis balísticos norte-coreanos violam as exigências do Conselho de Segurança da ONU".
 
Ao mesmo tempo, Moscou informou que nessa conversa Lavrov "destacou mais uma vez que é inaceitável que se profundem as tensões na península coreana com a agressiva retórica dos Estados Unidos em relação a Pyongyang".
 
Para o governo russo, é preciso "mover-se da linguagem das sanções para um processo negociado o mais rápido possível". 
 

AFP

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