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Agressor do Texas: ateu, antissocial e violento

15:58 | Nov. 06, 2017
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Descrito como um homem inquieto com uma vida pessoal e profissional frustrada, o ex-militar Devin Kelley, autor do ataque a tiros mais mortal da história do Texas, sofreu uma baixa da Força Aérea americana por violência conjugal.
Kelley, um homem branco de 26 anos, aparentemente se suicidou no domingo, depois de ter matado 26 pessoas na igreja batista de Sutherland Springs, uma cidade rural de aproximadamente 400 habitantes situada a 50 quilômetros de San Antonio. Suas vítimas eram fiéis de todas as idades.

Quando cometeu o massacre, Kelley vestia preto da cabeça aos pés.
Algumas fotografias de seu rosto - pele clara, sem sorrir, com e sem barba, cabelo curto - apareceram nesta segunda-feira na mídia americana.
Ele morava em New Braunfels, uma cidade localizada a aproximadamente 50 quilômetros de Sutherland Springs, onde perpetrou o tiroteio supostamente motivado por problemas familiares.

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Kelley era dessas pessoas que manifestam abertamente suas frustrações nas redes sociais. Suas postagens no Facebook eram contrárias à religião, à igreja e aos fiéis.
Muitos de seus antigos colegas de turma relataram que se distanciaram do agressor, um ateu militante, violento e de comportamento hostil.
A carreira militar de Kelley foi breve, sem conquistas, e marcada por um fim abrupto.

Ele foi recrutado em 2010 para trabalhar como especialista em logística em uma base da força aérea no Novo México, estado vizinho do Texas.
Dois anos depois, foi julgado por uma corte marcial por violência contra sua esposa e o filho do casal. Ela pediu o divórcio no mesmo ano.
Kelley foi condenado a um ano de detenção pelas agressões, e sofreu uma baixa da Força Aérea americana. Em 2014, tentou sem sucesso recorrer da sua condenação.

Depois disso, se mudou para o Colorado, onde sua ficha inclui acusações de maus-tratos contra animais.

Seu outro lugar de residência conhecido é a zona rural texana de New Braunfels: Kelly se instalou ali com sua mulher, em um sítio isolado e cercado por bosques.
Um de seus vizinhos, entrevistado pela rede local KSAT, o descreveu como um "rapaz normal", em uma região onde possuir armas é comum.
"A única coisa estranha é que ouvíamos muitos tiros do outro lado da rua (onde Kelley morava), frequentemente à noite", declarou Mark Moravitz.

No domingo, Kelley disparou contra mulheres e crianças com seu fuzil AR-15, da marca Ruger. Suas condenações teoricamente o impediam de obter tal arma.
Ele chegou a publicar, no Facebook, uma foto da arma sobre um sofá, com a legenda: "É uma cachorra má".

Por que ele disparou contra os fiéis da igreja batista de Sutherland Springs? Segundo uma pista seguida pelos investigadores nesta segunda-feira, estava ocorrendo uma briga familiar, e os ex-sogros do assassino frequentavam este templo, embora não estivessem lá no último domingo.

Antes do ataque, ele enviou "mensagens ameaçadoras" à sogra, revelou à imprensa Freeman Martin, do Departamento de Segurança Pública do Texas.
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AFP

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