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Garoto tem parada cardíaca após dar mordida em um cachorro-quente e descobre doença rara

O resultado do estudo de caso foi publicado na última quarta-feira, 6, pela revista Pediatrics
15:35 | Set. 07, 2017
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[FOTO1]Um garoto de nove anos teve uma parada cardíaca após dar uma mordida em um cachorro-quente na Turquia. O garoto sobreviveu após ser ressuscitado com o uso do desfibrilador. O caso dele intrigou os médicos que decidiram fazer uma análise mais profunda e descobriram que o problema foi causado por uma síndrome rara. O resultado do estudo de caso foi publicado na última quarta-feira, 6, pela revista Pediatrics e reproduzido pelo site da rede norte-americana CNN. As informações são site UOL.

Conforme as análises lideradas pelo médico do Hospital Mehmet Akif Ersoy, Isa Ozyilmaz, especializado em pesquisa e em cirurgias torácicas cardiovasculares, o grande pedaço de cachorro-quente estimulou o nervo chamado vago, também conhecido no Brasil como nervo pneumogástrico, que se estende da cabeça ao abdome. Esse estímulo desencadeou um ritmo cardíaco anormal na criança, que fez com que o coração dele parasse de repente, explicam os médicos no estudo. Depois de alguns exames, foi constatado que a criança sofria da Síndrome de Brugada.

A síndrome faz com que os ventrículos batam rapidamente o que impede que o sangue circule de modo normal pelo corpo. Segundo a professora de cardiologia pediátrica do Hospital Infantil Lucile Packard, de Stanford (EUA), Anne Dubin, há pouquíssimos casos como esse. “No que diz respeito à Síndrome de Brugada sintomática, trabalho na eletrofisiologia pediátrica há 23 anos, e provavelmente só vi duas ou três pessoas”, disse a médica à CNN.

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A médica alerta que as crianças devem ser levadas para uma avaliação caso tenham algum adulto diagnosticado na família com a Síndrome de Brugada ou tenha uma história familiar de pessoas que morrem de repente.

Depois de solucionado o caso, os médicos colocaram um desfibrilador no peito do garoto para que ele não tivesse uma parada cardíaca repentina.  “Isso é muito mais normal em adultos, mas às vezes acontece com crianças”, afirmou Dubin.

 

Redação O POVO Online

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