Bitcoin tem queda brusca no mercado após restrições da China

A decisão da China de registringir os bitcoins e outras criptomoedas abalou os mercados globais de moedas virtuais, um indicativo do poder dos investidores chineses nessas trocas.

O bitcoin sofreu um queda brusca após o anúncio da decisão de Pequim de banir ofertas iniciais de moedas.

O banco central decretou que empresas chinesas não vão poder emitir unidades de moedas virtuais para arrecadar fundos. Essas operações ("initial coin offerings"), foram proibidas e "devem ser interrompidas imediatamente", disse o órgão.

Esse decreto foi interpretado como uma forte de Pequim controlar as criptomoedas, que são geradas a partir de complexas cadeias de interações entre uma grande rede mundial de computadores e são vendidas e compradas pela internet sem nenhuma regulamentação governamental.

"Emissões deste tipo e infrações cometidas em operações anteriores serão sancionadas severamente", disse o banco central, destalacando que o crescimento da oferta de moedas digitais "abalou seriamente o setor financeiro" e encorajou a especulação.

As plataformas nas quais as unidades de moeda eletrônica são negociadas foram proibidas de convertê-las em divisas fortes, insistiu a instituição.

A diretiva afetou imediatamente o valor do bitcoin, que perdeu mais de 10% de seu valor ante o dólar.

De acordo com o Bitcoin Price Indez, que tem a média do valor em diversas plataformas no mundo, ele se recuperou um pouco, avaliado a 4.280 dólares, mas ainda acumula queda de 14% desde sábado.

Nas plataformas chinesas, a queda foi ainda maior. no BTC China, o preço do bitcoin caiu a 26.400 yuans nesta terça, frente a 32.500 yuans na segunda- feira.

A medida é mais uma tentativa de Pequim de impedir a fuga de capitais para o exterior e de limpar seu sistema financeiro. Desde o começo do ano, o governo tem apertado o controle sobre as plataformas de trocas de bitcoin, especialmente em transações consideradas especulativas.

AFP

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