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Tiroteio contra congressistas republicanos americanos, um suspeito detido

11:55 | Jun. 14, 2017
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Um importante congressista republicano americano e várias pessoas foram feridas nesta quarta-feira por um atirador armado com um fuzil durante o treino de beisebol para uma partida de caridade perto de Washington.

"O suspeito foi preso e não é mais uma ameaça", declarou a polícia de Alexandria, no estado da Virgínia, onde aconteceu o tiroteio.

O número três da Câmara de Representantes, Steve Scalise, foi atingido no quadril, de acordo com vários congressistas presentes no local e que fizeram os primeiros socorros.

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No total, cinco feridos foram hospitalizados, de acordo com o chefe da polícia de Alexandria, Michael Brown.

De acordo com o testemunho dos políticos, dois oficiais da segurança da polícia do Capitólio e um ou mais colaboradores parlamentares ficaram feridos. O republicano Roger Williams confirmou que um de seus colaboradores foi ferido.

O presidente Donald Trump escreveu no Twitter que Steve Scalise havia "sido gravemente ferido, mas vai se recuperar totalmente".

Os parlamentares relataram uma cena de extrema violência, com dezenas de balas disparadas. O tiroteio só terminou com a resposta dos oficiais da segurança do Capitólio que estavam no local.

"Ele teria matado todo o mundo se não fossem os policiais", segundo o senador Rand Paul ao canal CNN. "Sem eles, teria sido um massacre".

O tiroteio aconteceu por volta das 07H00 (8H00 de Brasília) no Eugene Simpson Stadium Park, onde a equipe de beisebol republicana treina há semanas para a partida organizada anualmente desde 1909 entre uma equipe republicana e uma democrata. O evento deste ano estava previsto para quinta-feira.

"Estava no campo, ouço um 'bam', me viro e vejo um fuzil na terceira base. Ouvi outro 'bam' e me dei conta de que se tratava de um atirador. No mesmo momento, ouço Steve Scalise gritar. Foi atingido. A arma era semiautomática e o atirador prosseguiu disparando contra várias pessoas", contou o parlamentar do Alamana Mo Brooks à CNN.

Steve Scalise, de 51 anos, é o "Whip" da Câmara, isto é, o número três na hierarquia da Câmara baixa do Congresso, encarregado da disciplina partidária.

Representando um colégio eleitoral da Louisiana, encarna a ala conservadora do partido, o Tea Party, e se juntou à equipe de direção da Câmara em 2014 em um esforço de síntese.

Ardente defensor da ortodoxia conservadora, tanto em questões religiosas quanto sobre a legislação das armas, Steve Scalise havia sido alvo de uma polêmica em dezembro de 2014, após a revelação de um discurso em 2002 perante um grupo supremacista branco, quando era eleito local.

Na época do escândalo, lamentou o discurso e recebeu o apoio dos seus colegas.

Segundo o senador Rand Paul, que também estava no campo no momento do tiroteio, Steve Scalise, ferido, caiu no chão depois de ser atingido em uma tentativa de escapar do atirador, que continuou a atirar contra várias pessoas.

Os congressistas são protegidos pela polícia do Capitólio quando estão no perímetro da sede do Congresso, mas autoridades como Steve Scalise costumam andar cercadas por guarda-costas, o que explica a presença de dois deles nesta quarta-feira de manhã.

Segundo o chefe da polícia de Alexandria, três policias locais chegaram no estádio em três minutos.

O senador Jeff Flake disse à imprensa que viu o atirador, um homem branco vestindo uma camiseta azul. "O atirador foi atingido, acredito que está vivo", disse ele.

O ataque faz lembrar a tragédia de janeiro de 2011 em Tucson, Arizona, quando um homem desequilibrado atirou, no estacionamento de um supermercado, contra uma congressista democrata, Gabrielle Giffords.

Ela levou um tiro na cabeça, mas sobreviveu com graves sequelas, enquanto seis outras pessoas foram mortas naquele dia.

"Estamos profundamente entristecidos com essa tragédia", afirmou Trump em uma declaração, acrescentou que está acompanhando de perto o desenvolvimento do caso.

"Nossos pensamentos e orações estão com os membros do Congresso, suas equipes, a polícia do Capitólio e todos os afetados", acrescentou.

AFP

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