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"Cadeados do amor" são leiloados em Paris para beneficiar refugiados

16:06 | Mai. 13, 2017
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A prefeitura de Paris levou a leilão público neste sábado (13) os "cadeados do amor", que durante anos ficaram presos às pontes da capital francesa, deixados por turistas e casais locais e retirados em 2014. Eles agora estão sendo utilizados em prol dos refugiados.
"Há muitos americanos. São grandes apaixonados por Paris, além dos italianos, brasileiros, asiáticos de Taiwan, Coreia do Sul, China e Japão", contou o responsável pelo leilão, Olivier Collin du Bocage, que dirigiu a venda de 165 lotes de cadeados.

 

O leilão aconteceu no Crédit Municipal de Paris, mas também poderia ser acompanhado pela internet por meio da página Interencheres, ou por telefone. Teve a participação de 400 inscritos, conforme explicado antes do início do evento. O dinheiro arrecadado pela venda dos 150 conjuntos de cadeados da antiga Pont des Arts de Paris, onde ficavam os cadeados, será destinado a três organizações que trabalham com a acolhida e o acompanhamento dos refugiados em Paris: Solipam, Exército da Salvação e Emmaüs Solidarité.

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Alguns lotes chegaram a alcançar entre 1.000 a 2.400 euros. Gaëlle Salaün, parisiense, comprou um lote por 520 euros, "porque tinha (escrito) um nome em espanhol". "Eu gostei disso. Além de ser a minha contribuição aos refugiados". "É gratificante, há muita humanidade nisso", declarou feliz Bruno Morel, diretor da Emmaüs Solidarité. A associação dedicará sua parte do dinheiro para construir áreas recreativas para crianças no centro de acolhimento que gere em Ivry-sur-Seine, no sudeste de Paris.

 

O ato foi atrapalhado, entretanto, por um protesto de dezenas de militantes da ultradireita que entraram rapidamente no evento, em repúdio à arrecadação destinada aos refugiados. Eles foram convidados a se retirar, sem que houvesse conflito. Centenas de milhares de cadeados foram colocados nos corrimões das pontes de Paris, provocando problemas de segurança e degradadação do patrimônio, antes de serem retirados. A prefeitura de Paris decidiu vender uma parte desses souvenirs de amor, visando essa ocasião especial. 

AFP 

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