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Trump comemora com partidários primeiros 100 dias na Presidência

22:05 | Abr. 29, 2017
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O presidente americano, Donald Trump, enalteceu seus "muito produtivos" cem primeiros dias como presidente dos Estados Unidos e, discursando a uma multidão de fervorosos seguidores em Harrisburg, Pensilvânia, declarou que há "grandes batalhas" pela frente.
Em um entusiasmado comício ao estilo de sua campanha em um estado chave para sua vitória nas urnas em novembro passado, Trump afirmou que seus primeiros dias no governo "foram muito fascinantes e muito produtivos", mencionando uma lista do que chamou de seus feitos. O presidente republicano afirmou que agora "é preciso se preparar para as grandes batalhas que vierem e que venceremos toda vez". Frequentemente, a multidão reunida interrompia o discurso do presidente com gritos de "USA! USA!". "Tenho uma pergunta para vocês. Vocês estiveram em muitos comícios. Primeiro que tudo, existe algum lugar como um comício de Trump, sendo justos?", disse Trump, após uma explosão de aplausos. Cartazes exibidos pelos presentes traziam slogans como "Promessas feitas. Promessas cumpridas". Entre seus maiores feitos em seus primeiros cem dias no governo, Trump citou a confirmação pelo Senado de seu candidato, o juiz conservador Neil Gorsuch, à Suprema Corte, tirar os Estados Unidos do acordo comercial Trans-Pacífico, um mercado acionário em alta e a flexibilização das regulamentações para a exploração de fontes de energia. "Os primeiros 100 dias da minha administração foram simplesmente os mais bem sucedidos de toda a história" dos Estados Unidos, disse Trump em mensagem de vídeo difundida pela Casa Branca antes de viajar para a Pensilvânia. "Penso que nenhuma pessoa fez o que nós fomos capazes de realizar em 100 dias, estamos muito felizes", declarou. Apesar do discurso, o 45º presidente dos Estados Unidos, cuja eleição surpreendeu o mundo, tem enfrentado dificuldades para concretizar suas promessas de campanha. Especialmente, a mais emblemática: abolir e substituir o "Obamacare", a reforma de saúde implementada por seu antecessor. Esta promessa ficou bloqueada diante das divisões da maioria republicana no Congresso. Durante a campanha, Trump prometeu a expulsão de mais de 11 milhões de imigrantes em situação irregular, independentemente de sua situação familiar, e a construção de um muro na fronteira com o México. O financiamento do muro precisou ser retirado esta semana de um projeto de lei orçamentária para evitar a paralisia do governo federal com a qual os democratas ameaçavam. Sua chegada à Casa Branca sepultou as ilusões de uma reforma migratória, que tinha sido impulsionada pelo ex-presidente Barack Obama, e marcou o início de uma era de medo e insegurança para imigrantes ameaçados de expulsão. "A segurança migratória é segurança nacional", disse Trump na sexta-feira. Desde que chegou à Casa Branca, Trump também assinou dezenas de decretos para reverter as medidas da Presidência de Barack Obama sobre a indústria ou o meio ambiente. No entanto, o decreto que criou as maiores dificuldades foi o que assinou para proibir a entrada aos Estados Unidos de cidadãos de vários países de maioria muçulmana. Esta proibição foi bloqueada duas vezes pela Justiça. A oposição democrata descreve o princípio do seu mandato como um desastre e um período muito grande de instabilidade. Em uma tentativa de escapar das pressões do Salão Oval, o bilionário agendou este encontro com seus seus partidários em Harrisburg. Trump tuitou neste sábado que espera uma "grande multidão" e uma "grande energia" na Pensilvânia. Na capital, Washington, e em Nova York, na costa leste americana, dezenas de milhares de pessoas expressaram sua forte oposição ao presidente Trump e principalmente à sua polêmica política ambiental. Uma multidão marchou em Washington do Capitólio (Congresso) à Casa Branca para exaltar a importância da luta contra o aquecimento global e denunciar os retrocessos demonstrados por Donald Trump nesta questão. A "Marcha pelo Clima" foi celebrada por participantes de todas as idades, que reiteraram as fortes críticas ao presidente republicano, que nega taxativamente a ocorrência das mudanças climáticas. O ator de Hollywood Leonardo DiCaprio participou da marcha em meio a um grupo de indígenas americanos, precedido por um cartaz que dizia "As mudanças climáticas são reais". Alguns cartazes traziam dizeres de protesto, alterando o lema usado por Trump durante sua campanha - "Vamos fazer os Estados Unidos grandes novamente" - por "Vamos fazer os Estados Unidos geniais novamente", e outro, "Vamos fazer os Estados Unidos serem inteligentes novamente". Milhares de manifestantes em Nova York organizaram uma marcha sob o lema "100 Dias de Fracasso" do governo republicano. Neste sábado, um editorial do The New York Times, intitulado "100 Dias do barulho de Donald Trump", criticou a ignorância da política e das questões legislativas do presidente e advertiu para o risco que correm as instituições americanas. "Governar até agora resultou em ser mais do que o senhor Trump pode lidar", escreveu o jornal. mlm/kal-sha/ib/lp/ja/mvv

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