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Assembleia Geral da ONU quer eliminação total de armas nucleares

Uma simples falha técnica em uma arma nuclear pode causar "danos inimagináveis, com mortes em massa, destruição e consequências de longo prazo para o meio ambiente, a economia e a saúde"
15:54 | Mar. 27, 2017
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A Assembleia Geral das Nações Unidas iniciou nesta segunda-feira (27) as negociações de um acordo para proibir as armas nucleares e a eliminação total dos arsenais existentes. O encontro ocorrerá em duas fases: a primeira, de hoje até sexta-feira (1º), e a segunda, entre 15 de junho e 7 de julho. As informações são da ONU News.

O presidente da Assembleia Geral, embaixador Peter Thomson, cujo mandato vai até setembro deste ano, não pôde participar da abertura, mas suas declarações foram lidas pelo embaixador de Bangladesh na Organização das Nações Unidas (ONU), Masud Bin Momen.

Na nota, Thomson lembra que a ONU tenta eliminar as armas nucleares há mais de 70 anos, mas que, ainda assim, está difícil visualizar um mundo sem esse tipo de armamento. Ele disse que os estoques de armas nucleares hoje são os menores desde o fim da Guerra Fria. Mas destaca que essas armas ainda existem, impondo riscos inaceitáveis para a humanidade.

Desenvolvimento Sustentável

Segundo Peter Thomson, uma simples falha técnica em uma arma nuclear pode causar "danos inimagináveis, com mortes em massa, destruição e consequências de longo prazo para o meio ambiente, a economia e a saúde".

Na nota, ele lamenta que esse tipo de armamento continue sendo motivo de medo e de desconfiança entre países. Thomson disse que gostaria que o dinheiro investido em armas nucleares fosse usado em ações para o cumprimento dos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS) até 2030.

Entre esses objetivos, adotados formalmente em setembro de 2015 por todos os 193 países-membros da ONU, incluem-se erradicação da fome e da pobreza, promoção da agricultura sustentável, saúde, educação e igualdade de gênero, além de garantia do acesso de todos à água, ao saneamento e à energia sustentável, crescimento econômico, emprego, industrialização, cidades sustentáveis e redução da desigualdade.

Agência Brasil

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