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Crianças sírias gravam vídeo pedindo para que organizações as resgatem de Aleppo

Todas as 48 crianças que aparecem no vídeo perderam seus pais e parentes para os bombardeios aéreos
15:20 | Dez. 15, 2016
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Crianças órfãs gravaram um vídeo em que fazem um apelo dramático ao mundo. Elas pedem para serem resgatadas por instituições e organizações internacionais. Todos os meninos e meninas que aparecem no vídeo perderam seus pais e parentes para os bombardeios aéreos.

No vídeo, que tem duração de 1 minuto, uma menina de 10 anos que se identifica como Yasmim Kanuz, alerta ao público que talvez essa seja a última vez que eles a veem ou ouvem sua voz. A calma e tranquilidade que a menina demonstra no vídeo contrasta com a tragédia que viveu, há dois anos seus pais foram mortos e desde então ela vive junto a essas outras crianças.

O vídeo foi gravado em um orfanato e nele Yasmim faz um apelo emocionante: "Eu peço que as organizações de direitos humanos e infantis de todo o mundo para nos ajudar a sair de Aleppo agora. Há 47 crianças aqui comigo e eu os considero todos meus irmãos e irmãs. Nós precisamos de água e comida, porque estamos famintos. Nós estamos com medo dos ataques aéreos. Por favor, nos ajudem a escapar deste inferno que estamos vivendo em Aleppo. Nós queremos viver como todas as outras crianças do mundo".

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O orfanato abriga atualmente 48 crianças que estão sob os cuidados de 10 funcionários que prometeram ficar até o fim na cidade cuidando dessas crianças. O diretor do orfanato Muhammad Azraq afirmou ao jornal britânico MailOnline que a iniciativa de gravar o vídeo e divulgá-lo para o mundo saber o que está acontecendo as crianças de Aleppo partiu das próprias crianças. O orfanato abriga órfãos de todas as idades, o mais novo é um bebê de 10 meses achado embaixo de escombros após um bombardeio que vitimou toda a sua família.

A tomada da cidade de Aleppo é uma grande derrota para os rebeldes sírios que estavam no comando da cidade desde 2012. As tropas do governo conseguiram furar o cerco em novembro e continuam avançando com o apoio de tropas russas, libanesas e iranianas.

 

Redação O Povo Online

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