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Coalizão árabe ameaça interromper trégua no Iêmen

04:34 | Nov. 21, 2016
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A coalizão árabe sob comando saudita, aliada do presidente iemenita, ameaçou não prorrogar nesta segunda-feira o cessar-fogo no Iêmen se os rebeldes prosseguirem com a "violação" da trégua. Na capital Sanaa, sob controle dos insurgentes xiitas huthis, não foram registrados bombardeios da coalizão árabe desde o início da trégua de 48 horas na manhã de sábado. Mas outras regiões do Iêmen foram afetadas por combates no fim de semana, como Midi (noroeste), onde os confrontos deixaram sete mortos (quatro rebeldes e três soldados), de acordo com uma fonte iemenita. O porta-voz da coalizão árabe, o general saudita Ahmed Assiri, também citou confrontos em Taez (sudoeste), terceira maior cidade do Iêmen, onde ainda são registrados tiros contra a população. O hospital militar de Taez foi atingido, segundo uma fonte médica, que acusou os huthis. Seis civis, incluindo quatro crianças, ficaram feridos no domingo em ataques rebeldes com foguetes em Taez, de acordo com fontes militares e médicas. Dezoito civis morreram e 27 ficaram feridos desde o início da trégua nesta província, onde o cessar-fogo foi violado em 195 oportunidades pelos rebeldes, informou um comitê militar leal ao governo. Ao ser questionado se a coalizão tem a intenção de prorrogar a trégua nesta segunda-feira, o general Assiri respondeu com uma condição. "Se existir um cessar completo das violações (pelos rebeldes), haverá prorrogação. Se não pararem, será uma violação direta das condições do cessar-fogo". O Iêmen, país mais pobre da península arábica, está sendo destruído por combates entre o grupo do presidente Abd Rabbo Mansur Hadi, apoiado pela coalizão árabe, e os rebeldes xiitas, os huthis aliados do ex-presidente iemenita Ali Abdallah Saleh. O conflito deixou mais de 7.000 mortos e quase 37.000 feridos, de acordo com a ONU. faw/fp

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