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Pablo Escobar, chefe do narcotráfico, lidera rebelião armada em presídio

O Governo Colombiano admite que falhas de segurança possibilitaram o motim.
11:00 | Set. 02, 2016
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Notícia original publicada em 23 de Julho de 1992 no jornal O POVO

Santafé de Bogotá - O Governo do presidente César Gaviria confirmou oficialmente ontem que o chefão do tráfico de drogas Pablo Escobar se amotinou e está armado e entrincheirado em um túnel do presídio de segurança máxima de Envigado, a 20 quilômetros a sudeste de Medellín.

 

Segundo a Secretaria de Informação da Presidência, a situação no presídio é grave e foi desencadeada pela negativa dos reclusos de serem transferidos para uma base militar devido à descoberta de irregularidades no funcionamento e segurança do presídio.

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Escobar e 14 de seus colaboradores, entre eles o irmão Roberto, estão presos há três meses na penitenciária de Envigado, depois de se entregar voluntariamente para se beneficiar da legislação especial do Governo que garante seu julgamento no País, excluindo a possibilidade de extradição, e uma redução na pena se confessarem pelo menos um dos delitos cometidos no país ou no Exterior. O texto do comunicado oficial é o seguinte:


“Na semana passada ocorreu em Medellín vários casos de seqüestro, sendo que em dois deles os seqüestradores foram encontrados mortos e com marcas de tortura, no que parece ser um ajuste de contas entre os membro da organização. Ao mesmo tempo, contrariando todas as regras carceráreas entraram e saíram do presídio de Enviado reconhecidos delinqüentes em circunstâncias que nestes momentos estão sendo investigados. Informações da inteligência e dados proporcionados pela Promotoria-Geral da Nação mostravam claramente que da penitenciária de Enviado. Pablo Escobar continua envolvido direta e pessoalmente na comissão de delitos. Perante essa situação e frente a evidência de cumplicidade de alguns carcereiros com os reclusos, bem como para evitar que as obras de construção se constituíssem em ameaça à segurança do estabelecimento e dos detidos. O Conselho de Segurança tomou a decisão de antecipar uma operação militar que garanta o controle do presídio de Envigado e transferir os reclusos par a uma prisão militar. Durante a operação, os delinqüentes, utilizando armas da guarda carcerária, resistiram à legitima ação do Estado".

 

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