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Vice-embaixador da Coreia do Norte no Reino Unido foge com a família para Seul

10:20 | Ago. 17, 2016
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O vice-embaixador da Coreia do Norte para o Reino Unido abandonou seu cargo e fugiu com sua família para a Coreia do Sul, dizendo que estava "cansado" do regime de Kim Jong Un, disseram autoridades em Seul nesta quarta-feira, em uma das maiores desistências de altos funcionários do país isolado.

Thae Yong Ho, que era o segundo no comando da embaixada norte-coreana em Londres, chegou na Coreia do Sul, disse um porta-voz do Ministério da Unificação de Seul, Jeong Joon-Hee, recusando-se a oferecer detalhes sobre a data de sua chegada, ou o seu paradeiro.

Thae chegou com sua esposa e seu filho, que viviam com ele em Londres, e está sob a custódia do governo sul-coreano, afirmou o porta-voz.

A deserção dramática é suscetível de levantar novas questões sobre a lealdade da elite de Pyongyang. Altos funcionários do governo são fundamentais para garantir a continuidade do governo do ditador Kim Jong Un, que está programado para marcar o seu quinto ano no comando do país isolado ainda este ano.

O porta-voz do governo sul-coreano retratou a desistência de Thae como um sinal de que o regime norte-coreano estava perdendo o controle sobre a classe dominante, que acredita cada vez mais que o regime está passando dos limites.

"Ele se sentiu frustrado com o regime de Kim Jong Un e ele não vê qualquer esperança", disse Jeong.

No ano passado, houve uma onda de desistências de alto nível entre os membros da elite da Coreia do Norte. Um coronel norte-coreano se desertou para a Coreia do Sul, disse o governo de Seul, fazendo dele o oficial militar mais graduado a deixar o Norte desde a Guerra da Coreia da década de 1950.

Separadamente nesta quarta-feira, a Coreia do Norte disse em uma entrevista por escrito com uma agência de notícias japonesa que havia reiniciado a produção de plutônio em suas instalações nucleares, reforçando o compromisso do país com seu programa nuclear, apesar de um endurecimento das sanções impostas pelos EUA, Europa e a Organização das Nações Unidas (ONU) depois do quarto teste nuclear no início deste ano. Fonte: Dow Jones Newswires.

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