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Presidente do Comitê Olímpico russo denuncia 'discriminação'

O presidente do Comitê Olímpico Russo (ROC), Alexandr Jukov, voltou a criticar a exclusão de parte dos atletas do seu país dos Jogos do Rio, que chamou de "discriminação"
12:42 | Ago. 02, 2016
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"Em alguns casos, atletas russos limpos são suspensos sem justificativa nem prova, só porque foram mencionados no relatório McLaren", reclamou o dirigente durante a sessão do Comitê Olímpico Internacional (COI), do qual é membro.
O relatório em questão, divulgado no dia 18 de julho por uma comissão independente da Agência Mundial Antidoping (Wada), evidenciou práticas de doping sistemático na Rússia, com supervisão do governo e participação dos serviços secretos.
A Wada chegou a recomendar a exclusão total da Rússia dos Jogos, mas o COI preferiu deixar a responsabilidade a cargo das federações internacionais de cada esporte, com base em critérios rígidos, excluindo, por exemplo, os atletas já punidos por doping ou mencionados no relatório McLaren.
"Nesse caso, quem protege os direitos dos atletas limpos? Alguns atletas são mais limpos que outros? Não seria discriminação?", indagou Jukov.
De fato, atletas não russos que já foram punidos por doping vão poder competir no Rio, como o velocista americano Justin Gatlin, principal rival do jamaicano Usain Bolt.
"Agora, se atletas russos que já estão no Rio são obrigados a sair, vai ser uma verdadeira tragédia", insistiu.
Um painel do COI deve validar até sexta-feira as listas de atletas autorizados a competir pelas federações internacionais, com a possibilidade de novas exclusões.
Segundo a última contagem da AFP, 117 atletas russos já estão oficialmente excluídos dos Jogos do Rio, quase um terço da delegação prevista, sendo que 30 apresentaram recursos diante do Tribunal Arbitral do Esporte (TAS), a título individual ou coletivo.
"Que aqueles que pediram a exclusão coletiva da Rússia saibam que, se levarmos em conta as vidas despedaçadas de atletas inocentes, estou totalmente de acordo com o presidente (do COI) Thomas Bach: cada indivíduo precisa ter ao menos a oportunidade de provar sua inocência", completou Jukov.
AFP

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