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Os dez melhores momentos da abertura dos Jogos

05:48 | Ago. 06, 2016
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A cerimônia oficial de abertura dos Jogos Olímpicos do Rio 2016 encantou o público e a imprensa internacional. A DW Brasil selecionou os momentos mais marcantes. Mesmo com a crise política e econômica, além de todos os problemas na organização das Olimpíadas, a cerimônia de abertura dos Jogos Rio 2016 foi um sucesso e um alívio. Veja os dez melhores momentos da cerimônia, realizada nesta sexta-feira (05/08) no estádio do Maracanã. Hino Nacional A festa começou com a música Aquele Abraço, na voz de Luiz Melodia, seguida da bela interpretação do Hino Nacional por Paulinho da Viola. Ao violão, o cantor e compositor foi acompanhado por uma orquestra de cordas e emocionou o público. História do Brasil Milhares de elásticos iluminados, movidos pelos dançarinos, renderam uma das cenas mais bonitas da noite. Com o apoio de projeções, os bailarinos alternavam a combinação dos fios, formando desenhos variados. O recurso foi usado para contar a história do Brasil, passando pelos índios, a chegada dos portugueses, a escravidão e a imigração árabe e japonesa. Construção Dançarinos saltavam, imitando parkour, em meio a projeções de prédios que subiam e desciam. O processo de crescimento das cidades culminou com uma estrutura vertical de prédios, onde os dançarinos encenavam os movimentos criados pela coreografa e bailarina Deborah Colker. Tudo ao som da música Construção, de Chico Buarque. O avião Como se fossem tijolos da construção, blocos brancos foram reunidos em uma espécie de muro, que se transformou no avião 14 Bis, de Santos Dumont. A aeronave levantou voo no estádio e passeou pelo Rio de Janeiro, mostrando algumas das paisagens da cidade. A cena desencadeou uma disputa na redes sociais sobre a autoria da invenção americanos afirmam que os irmãos Wright fizeram o primeiro avião. Gisele Ao som de Garota de Ipanema, a modelo Gisele Bündchen desfilou com um vestido prata, cheia de elegância e sensualidade. Ao fundo, uma imagem do jovem Tom Jobim foi projetada. A música foi interpretada pelo neto do compositor, Daniel Jobim. A cena foi uma das mais comentadas na imprensa mundial e nas redes sociais. Estilos musicais Em um cenário de favelas, Ludmilla cantou o clássico carioca Rap da Felicidade, acompanhado por dançarinos de passinho. A cantora Elza Soares interpretou Canto de Ossanha. Zeca Pagodinho e Marcelo D2 fizeram um duelo de ritmos, com samba e rap. Finalizaram com Deixa a vida me levar, cantada em coro pelo público. Teve ainda as rappers Karol Conka e Mc Soffia, de apenas 12 anos, e uma aparição da Gang do Eletro, sensação do Pará com a dança treme-treme. Para coroar a sequência musical, Jorge Ben cantou País Tropical, empolgando o Maracanã. Os dançarinos subiram nas arquibancadas e se juntaram ao público, que seguiu cantando a música mesmo após o fim da apresentação de Jorge Ben. Mensagem ecológica A cerimônia tratou de questões ambientais e fez um contundente alerta contra o aquecimento global. As atrizes Judi Dench e Fernanda Montenegro recitaram o poema A Flor e a Náusea, de Carlos Drummond de Andrade, enquanto um menino buscava uma muda de árvore. Ao longo da apresentação, cada atleta plantou uma semente. As mudas serão levadas para o Parque Radical de Deodoro, onde será criada a Floresta dos Atletas. Outro ponto alto foi a formação dos aros das Olimpíadas a partir de plantas, que surgiram do mesmo local onde as sementes haviam sido colocadas pelos atletas. Refugiados e brasileiros A delegação dos refugiados foi aplaudida de pé, inclusive pelo secretário geral da ONU, Ban Ki-moon. Em seguida e por último, entraram os atletas brasileiros, que foram recebidos pelo público com gritos de "Brasil, Brasil". Ovacionada, a delegação foi guiada pela transexual Lea T, que pedalava uma bicicleta. Os atletas desfilaram em um Maracanã iluminado de verde e amarelo, ao som de Aquarela do Brasil. Carnaval O compositor Wilson das Neves reverenciou alguns dos grandes nomes do samba, ao lado de um menino que sambava animado. No auge da festa, subiram ao palco Caetano Veloso, Gilberto Gil e Anitta, que cantaram acompanhados de baterias de várias escolas de samba. Nesse momento, o Maracanã virou Sambódromo, com fantasias, porta-bandeiras, passistas e muita gente sambando no palco e nas arquibancadas. Chama Por fim, a chama chegou ao estádio pelas mãos do tenista Gustavo Kuerten, muito emocionado. Passou para a jogadora de basquete Hortência e foi entregue ao maratonista Vanderlei Cordeiro de Lima, que acendeu a pira olímpica. Em 2004, o atleta foi agarrado e prejudicado por um manifestante enquanto liderava uma maratona. Mesmo assim, conseguiu chegar em terceiro lugar. A homenagem foi um dos momentos mais emocionantes da cerimônia. A pira foi envolta por uma escultura cinética do artista americano Anthony Howe, cujas estruturas metálicas refletiam o fogo e se moviam de forma hipnotizante. Autor: Marina Estarque, do Rio de Janeiro

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