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Kleber Ramos, do ciclismo, é 1º brasileiro a cair no doping na Olimpíada do Rio

17:50 | Ago. 12, 2016
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O Comitê Olímpico do Brasil (COB) foi notificado sobre o primeiro caso de doping de um brasileiro competindo nos Jogos do Rio. Trata-se de Kleber Ramos, do ciclismo de estrada, que disputou a prova do ciclismo de estrada. A entidade aguarda um processo final na Corte Arbitral do Esporte (CAS, na sigla em inglês).

O teste positivo foi registrado em uma coleta de amostras fora de competição e antes do início dos Jogos Olímpicos. A reportagem do Estado apurou que o atleta chegou a competir, mas já deixou a Vila dos Atletas. Seu teste foi flagrado no dia 27 de julho.

A reportagem também apurou que o primeiro doping brasileiro foi recebido com preocupação por parte da Agência Mundial Antidoping (Wada, na sigla em inglês). A entidade vinha alertando sua insatisfação com os controles brasileiros e indicou que o País passaria a ser monitorado diante das falhas apresentadas. A Wada havia criticado o Brasil por conta da redução no número de testes de controle de doping realizados em atletas nacionais, antes dos Jogos Olímpicos.

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Depois de realizar em média 370 testes por mês em atletas, o número caiu para apenas 110 em julho, às vésperas dos Jogos. Uma carta foi enviada pela Wada ao Ministério do Esporte no final de julho para se queixar. Agora, a entidade alerta terá de passar a controlar de forma intensa o laboratório do Rio de Janeiro e a política nacional de combate ao doping.

"Isso é uma prática inaceitável da parte da Agência Nacional Antidoping, em especial em um momento tão crucial antes dos Jogos Olímpicos", indicou a Wada, em um comunicado. "Não podemos dar números exatos sobre o que deve ser feito, mas esses números (de 110 testes) não estão em linha com um programa eficiente", alertou.

"Um programa de testes coordenados deveria ter sido estabelecido no caminho final para os Jogos Olímpicos, em especial focando no que a agência classifica como esportes de 'alto risco'", alertou a Wada.

Segundo a agência, o assunto foi transferido para a força-tarefa estabelecida antes da Olimpíada e "também para nosso comitê de avaliação do cumprimento das leis antidoping". "O programa brasileiro antidoping estará sob um escrutínio ainda mais intenso e monitoramento a partir de agora", alertou a Wada.

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