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Brasil garante que Jogos Paralímpicos não correm risco

Eliseu Padilha recebeu hoje, em Brasília, o presidente do comitê organizador, Philip Craven, "para reafirmar o compromisso do Brasil com as Paralimpíadas"
22:18 | Ago. 15, 2016
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O Brasil "reafirmou" nesta segunda-feira, 15, seu "compromisso" com os Jogos Paralímpicos de setembro e assegurou que dará o apoio necessário para este evento, após uma reunião entre o chefe de gabinete e o presidente do Comitê Paralímpico Internacional.

O ministro Eliseu Padilha recebeu hoje, em Brasília, o presidente do comitê organizador, Philip Craven, "para reafirmar o compromisso do Brasil com as Paralimpíadas", destacou uma nota oficial, divulgada à noite pela Presidência.

"O tema do orçamento não foi tratado, mas o governo reiterou que os Jogos ocorrerão e que darão o apoio necessário ao evento", enfatizou a nota. Mais cedo nesta segunda-feira, o prefeito do Rio, Eduardo Paes, anunciou que apelará da decisão judicial que bloqueou a transferência de recursos públicos ao Comitê Paralímpico Internacional para assegurar a realização dos Jogos Paralímpicos entre 7 e 18 de setembro.

"Seria uma vergonha para o Brasil, assim como para o esporte paralímpico e para as pessoas com deficiência, se não tivermos condições de realizar o evento", afirmou Paes em coletiva de imprensa, depois de se reunir com o presidente do comitê organizador, Philip Craven, e com o diretor-geral, Xavier Gonzalez.

Segundo Paes, a Prefeitura fará um aporte de até R$ 150 milhões, caso seja necessário. "A prefeitura é garantidora da Paralimpíada. A prefeitura está com sua situação financeira saudável, com o pagamento das contas e dos servidores e tem dinheiro em caixa", garantiu Paes.

O Estado do Rio de Janeiro se declarou em situação de "calamidade pública" orçamentária em 17 de junho passado, mas "o município está muito bem", disse Paes poucos dias após afirmar, também em entrevista coletiva, que os Jogos não seriam afetados pela crise financeira.

Na sexta-feira, 12, uma juíza federal proibiu o aporte de recursos públicos ao comitê organizador Rio-2016, alegando falta de transparência no uso do dinheiro. "Vamos deixar explícito onde esse dinheiro será usado. O comitê é uma entidade privada que não segue as mesmas normas de transparência do serviço público. A Paralimpíada é um exemplo de superação nos esportes, mas ainda não é um modelo de negócio, não é tão atraente e tem mais dificuldades na venda de ingressos", disse o prefeito.

O comitê Rio-2016 já havia antecipado que recorreria da decisão judicial. O orçamento da organização, que sofreu vários cortes pela recessão econômica que atinge o país, fechou em R$ 7,4 bilhões.

AFP

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