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Trump pede que Rússia ache e divulgue e-mails de Hillary Clinton

20:35 | Jul. 27, 2016
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Candidato republicano à presidência dos EUA instiga Moscou a obter os mais de 30 mil e-mails do escândalo de quando a candidata democrata era secretária de Estado. O candidato republicano à presidência dos Estados Unidos, Donald Trump, pediu nesta quarta-feira (27/07) que a Rússia obtenha e divulgue os 30 mil e-mails oficiais que desapareceram do servidor privado que sua adversária nas eleições, a democrata Hillary Clinton, usou enquanto era secretária de Estado do país. "Rússia, se você está ouvindo, espero que possa encontrar os 30 mil e-mails desaparecidos [de Hillary]. Acho que você seria amplamente recompensada pela nossa imprensa", disse Trump, em entrevista coletiva realizada em Doral, perto de Miami. O empresário se referia aos 33 mil e-mails que a candidata democrata supostamente apagou da conta que usou quando era secretária de Estado e que, contrariando as normas, armazenou em um servidor privado, sem deixar cópias nos servidores do governo. Trump convocou uma entrevista coletiva para esta quarta-feira, no dia seguinte à confirmação de Hillary como candidata na Convenção Nacional Democrata, mas não quis criticar a Rússia por supostamente estar intervindo nas eleições presidenciais americanas. A Rússia foi acusada pelo Partido Democrata de ter sido a responsável pelo vazamento do último fim de semana de e-mails internos do Comitê Nacional Democrata com a intenção de influenciar no resultado do pleito de novembro. "Putin sabe o que faz", disse Trump, praticamente encorajando que a Rússia use a ciberespionagem contra os e-mails de Hillary. Segundo fontes do governo americano consultadas pela imprensa, tudo indica que a Rússia está por trás do vazamento de mais de 19 mil e-mails da cúpula democrata para o Wikileaks. As mensagens mostram como os líderes do partido favoreceram Hillary na disputa interna com seu rival nas primárias, o senador Bernie Sanders. "Vou ser honesto: se a Rússia ou a China tem esses e-mails, ficaria encantado em vê-los", afirmou Trump, sobre as mensagens que sumiram do servidor privado de e-mail da ex-secretária de Estado. O candidato republicano disse que se hackers russos são responsáveis pela invasão ao Comitê Nacional Democrata, o ataque ocorreu porque a Rússia "não nos respeita como país". No entanto, Trump garantiu que isso mudará caso ele for eleito. "Esta deve ser a primeira vez que um candidato presidencial de um grande partido incentiva ativamente uma potência estrangeira a realizar espionagem contra seu oponente político", disse o assessor-chefe de política externa de Hillary, Jake Sullivan. "Isso não é uma hipérbole, são só os fatos. Isso vai além de uma questão de curiosidade, é uma questão de política e chega a ser um problema de segurança nacional", completou Sullivan, em nota. PV/efe/ots

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