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Obama faz comício com Hillary Clinton para dar impulso à campanha

Barack Obama participará nesta terça-feira de seu primeiro ato de campanha junto a Hillary Clinton, buscando relançá-la em sua disputa com Donald Trump
09:21 | Jul. 05, 2016
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A dupla democrata viaja a Charlotte, na Carolina do Norte, para participar do primeiro de uma série de eventos destinados a mobilizar o eleitores, em particular aqueles provenientes das minorias, que continuam apoiando o presidente, em estados cruciais para definir as eleições.
Hillary - que viajará junto a Obama no avião presidencial Air Force One - busca relançar sua campanha depois de uma série de relativas derrotas e revelações relacionadas ao uso de sua conta privada de e-mail quando era secretária de Estado.
A ex-primeira-dama depôs por mais de três horas no sábado ao FBI, que está realizando uma investigação sobre o caso.
A três semanas da convenção democrata da Filadélfia, na qual Hillary será proclamada candidata à Casa Branca, os republicanos aproveitaram este caso para insistir sobre a escassa confiabilidade e seriedade da ex-chefe da diplomacia americana.
Principalmente depois que se soube que o ex-presidente Bill Clinton se reuniu recentemente em uma pista de aeroporto com a procuradora-geral Loretta Lynch, cujo Departamento supervisiona a investigação vinculada aos e-mails de Hillary. Em uma entrevista divulgada no domingo no programa "Meet The Press", da rede NBC, Hillary reconheceu que foi imprudente que seu marido se encontrasse com Lynch.
Trump se valeu deste encontro para insistir sobre o pertencimento dos Clinton a uma elite entrincheirada em Washington e acostumada a administrar um sistema "fraudado e corrupto", tuitou na segunda-feira. "A desonesta Clinton é culpada ao máximo, mas o conjunto do sistema está fraudado e corrupto", afirmou o magnata. "Onde estão os 33.000 e-mails que faltam?", acrescentou, referindo-se aos e-mails que Hillary disse ter apagado porque estavam relacionados com sua vida privada, e não com seu trabalho como secretária de Estado.
Ao longo da campanha, Trump se esforçou para apresentar Hillary como uma privilegiada que, em razão de seus vínculos com a cúpula de poder em Washington, não tem aplicadas para si as regras em vigor para todos os outros americanos. Os sangrentos ataques suicidas de domingo atribuídos ao grupo Estado Islâmico em Bagdá, que provocaram a morte de mais de 200 pessoas, serviram, por outro lado, para Trump voltar a atacar Hillary por sua fraqueza na luta contra o terrorismo.
"Hillary nunca será capaz de administrar a complexidade e o risco do EI", afirmou o magnata republicano.
"Com Hillary e Obama, os atentados terroristas só piorarão. Idiotas politicamente corretos, negam-se a mencionar as coisas por seu nome: ISLÃ RADICAL", afirmou.
E acrescentou em sua conta da rede social: "Precisamos mudar". Ignorando as críticas de seu rival, Clinton buscará tirar partido da presença do presidente em seu ato desta terça-feira, assim como do vice-presidente Joe Biden em outra atividade na sexta-feira na Pensilvânia, para reorientar sua campanha a temas econômicos, sociais e de política externa. "Ansiosa para partir em campanha junto a @POTUS", escreveu no Twitter. POTUS é o acrônimo de "President of the United States".
O apoio de Obama pode ser vital para Hillary. Embora todas as pesquisas a coloquem como favorita, sua vantagem sobre Trump diminui. A última pesquisa NBC News/Wall Street Journal revela inclusive que em matéria de honestidade e confiabilidade Trump a derrota por 41% a 25%.

 AFP

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