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Número de soldados da Otan no Afeganistão deve permanecer estável

10:10 | Jul. 09, 2016
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Os membros da Organização do Tratado do Atlântico Norte (Otan) concordaram neste sábado em manter uma presença militar estável no Afeganistão, após o presidente dos EUA, Barack Obama, decidir por um corte menor do que o inicialmente planejado no número de soldados americanos no país.

O secretário-geral da Otan, Jens Stoltenberg, disse que os membros da aliança se comprometeram a financiar as forças de segurança do Afeganistão até 2020, e que estão próximos de conseguir os US$ 5 bilhões por ano necessários. "Estamos muito próximos e tenho certeza de que atingiremos esse nível", disse Stoltenberg, após um encontro sobre o Afeganistão no segundo dia da reunião de cúpula da organização.

Obama vem pedindo aos líderes da Otan reunidos em Varsóvia para ampliar o apoio à guerra contra o Taleban. O presidente americano terá de encurtar sua viagem à Europa e deve retornar aos EUA no domingo, após o assassinato de cinco policiais por um atirador em Dallas.

Os EUA se comprometeram com US$ 3,5 bilhões por ano para financiar as forças afegãs, e o governo em Cabul deve contribuir com até US$ 500 milhões. Os outros membros ajudariam com US$ 1 bilhão. Esses recursos seriam usados para manter um total de 352 mil soldados do exército afegão e policiais.

Segundo Stoltenberg, ainda é cedo para dizer quantos soldados os aliados vão manter no Afeganistão sob a missão da Otan de treinamento e consultoria. Ele disse acreditar, no entanto, que o número deve se manter estável, em cerca de 12 mil. Nesta semana, Obama anunciou que vai manter 8.400 soldados no país, em vez de reduzir o número para 5.500, como planejado inicialmente.

Na sexta-feira, os líderes da Otan aprovaram o envio de quatro batalhões multinacionais para a Polônia e os Estados Bálticos para conter a Rússia, além de uma brigada da Romênia e da Bulgária para a região do Mar Negro. A Alemanha vai liderar um batalhão multinacional na Lituânia, e batalhões similares serão liderados pelos EUA na Polônia, pelo Reino Unido na Estônia e pelo Canadá na Letônia.

A decisão foi duramente criticada pelo ex-presidente soviético Mikhail Gorbachev. "A Otan começou os preparativos para passar de uma Guerra Fria para uma quente", disse Gorbachev segundo a agência de notícias Interfax. "Toda a retórica em Varsóvia evidencia um desejo de quase declarar guerra à Rússia. Eles falam somente em defesa, mas na verdade estão se preparando para operações ofensivas." Fonte: Associated Press.

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