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Farage renuncia como líder de partido pró-Brexit

07:41 | Jul. 04, 2016
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Nigel Farage foi uma das figuras políticas fundamentais para a vitória do BrexitUm dos maiores defensores do Brexit, eurodeputado anuncia que deixará liderança do Partido Independente do Reino Unido. "Nunca quis ser um político de carreira. Meu objetivo era tirar o Reino Unido da UE", afirma.
O líder do Partido Independente do Reino Unido (Ukip), Nigel Farage, anunciou nesta segunda-feira (04/07) sua renúncia ao cargo, argumentando ter alcançado sua maior ambição política com o referendo de 23 de junho, que decidiu pela saída do país da União Europeia (UE).

"Eu nunca fui, e nunca quis ser, um político de carreira. Meu objetivo na política era tirar o Reino Unido da União Europeia", afirmou Farage, um dos maiores defensores do Brexit, em pronunciamento à imprensa. "Agora, eu sinto que o certo é que eu deixe de ser líder do Ukip."

"Durante a campanha antes do referendo, eu dizia que queria meu país de volta. O que eu estou dizendo hoje é que eu quero minha vida de volta. E ela começa agora", acrescentou Farage, de 52 anos, membro do partido desde sua criação, em 1993.

O político afirmou que manterá seu assento no Parlamento Europeu, porque quer acompanhar "como um falcão" as negociações com Bruxelas sobre a saída do Reino Unido do bloco econômico.

Farage ainda reiterou que o novo primeiro-ministro do país deve ser um político que defendeu veementemente o Brexit, diferente do premiê David Cameron, que acabou renunciado ao cargo logo após o referendo. O líder do Ukip, porém, recusou-se a apoiar um candidato específico.

A disputa pela liderança do Partido Conservador e, consequentemente, pelo comando do Reino Unido, está entre cinco candidatos: Andrea Leadsom, Theresa May, Michael Gove, Liam Fox e Stephen Crabb. O nome do novo primeiro-ministro deve ser revelado em 9 de setembro.

Essa não é a primeira vez que Farage anuncia sua renúncia como líder do partido. Em maio de 2015, ele disse que deixaria a liderança depois de não ter conseguido um assento no Parlamento britânico nas eleições gerais do ano passado. Ele voltou atrás na decisão três dias mais tarde.

DW

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