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Suspeito do assassinato de Jo Cox tinha ligação com extrema direita, diz grupo

11:50 | Jun. 17, 2016
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Um grupo norte-americano de direitos civis afirmou que o homem suspeito de ter atacado a deputada trabalhista Jo Cox com uma arma de fogo e uma faca teria laços com um grupo de extrema direita dos Estados Unidos.

O Southern Poverty Law Center afirma ter registros mostrando que Thomas Mair era uma apoiador da Aliança Nacional, um grupo que prega supremacia branca. Ele teria comprado um manual do grupo em 1999 que incluía instruções sobre como construir um pistola.

Em seu site na internet, o grupo publicou cópias de recibos que mostra um Thomas Mair de West Yorkshire - o condado onde Cox e o suspeito viviam - comprou publicações como "química da pólvora e explosivos" e "manual de munição improvisada". O endereço dos recibos também é o que foi isolado pela polícia.

A Aliança Nacional é um grupo fundado por William Pierce, cujo livro "The Turner Diares" é considerado um plano macabro para uma guerra racial. Em 1995, Timothy McVeigh baseou seu plano para construir o caminhão bomba que explodiu em um prédio público na cidade de Oklahoma City federal, com base nesse livro. O atentado matou 168 pessoas.

Um Thomas Mair que mora em Batley - a cidade onde o suspeito mora - também aparece como ex-assinante de uma publicação pró-apartheid chamada SA Patriotic. Em 2006, a newsletter online do grupo de extrema-direita Springbok Club disse que Mair era "um dos primeiros assinantes e apoiadores da SA Patriot."

Mair, de 52 anos, foi preso na quinta-feira sob suspeita de matar Cox, que foi alvejada e esfaqueada em frente a uma biblioteca. O irmão do suspeito, Scott Mair, disse a repórteres que ele tinha um histórico de doença mental, mas não era violento.

Testemunhas do ataque dize que a parlamentar foi atacada por um homem que utilizada uma arma fabricada em casa ou de aparência antiga. Clarke Rothwell, dono de um café perto do local onde Cox foi atacada, disse que o atirador gritou algo como "Bretanha primeiro".

Bretanha Primeiro é o nome de outro grupo de extrema-direita, que já declarou não ter ligação com o crime. Fonte: Associated Press.

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