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Lagarde, do FMI, afirma que o melhor para o Reino Unido é seguir na UE

09:20 | Jun. 17, 2016
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A diretora-gerente do Fundo Monetário Internacional (FMI), Christine Lagarde, pediu que os eleitores do Reino Unido votem para continuar na União Europeia no plebiscito do dia 23, ao ressaltar os benefícios econômicos para o país por sua participação no bloco.

Em Viena, Lagarde notou que o FMI já advertiu sobre os custos econômicos envolvidos em deixar a UE. Mas, em um discurso sobre o estado da Europa, a ex-ministra das Finanças da França enfatizou os ganhos obtidos por alguns dos 28 membros do bloco. "O pertencimento à UE tornou o Reino Unido um país mais rico, mas também fez dele um país mais diverso, mais empolgante e criativo", discursou Lagarde.

O impacto econômico tornou-se uma questão central do debate no Reino Unido sobre o bloco. Os partidários da manutenção, entre eles o primeiro-ministro David Cameron, argumentam que uma saída da UE seria danosa para a economia nacional. Mas os defensores da saída dizem que na verdade o Reino Unido seria mais rico, ao ser beneficiado com o comércio mais livre com outras partes do mundo e com o menor peso de regulações sobre os negócios.

Lagarde afirmou que o pertencimento à UE era um claro impulso para o comércio e a produtividade. "A formação da UE e do mercado comum tem colaborado para gerar mais comércio do que teria havido caso contrário", argumentou a autoridade. Ela lembrou que com mais comércio veio mais investimento, conforme o Reino Unido se tornava mais integrado às cadeias de produção europeias, como no setor aeroespacial ou na produção de carros, onde já se produz para todo o mercado europeu.

A imigração também tem sido um tema importante no debate no Reino Unido. Lagarde lembrou, nesse caso, que os imigrantes representam um impulso para a economia do país.

O FMI planejava lançar um relatório mais amplo sobre o impacto da saída do Reino Unido sobre a economia da UE nesta sexta-feira, mas atrasou a divulgação em 24 horas, após a morte na quinta-feira da deputada Jo Cox, do Partido Trabalhista, que levou à paralisação da campanha antes do plebiscito do dia 23. Fonte: Dow Jones Newswires.

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