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Polícia bloqueia protesto anti-Maduro em Caracas

15:34 | Mai. 18, 2016
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Forças de segurança isolam quarteirões e usam gás lacrimogêneo, impedindo que manifestantes marchem até sede do conselho eleitoral. É a segunda vez em duas semanas que oposicionistas enfrentam barreira policial. As forças de segurança da Venezuela usaram gás lacrimogêneo contra manifestantes em Caracas nesta quarta-feira (18/05), em meio a protestos em todo o país que pedem um referendo para revogar o mandato do presidente Nicolás Maduro. No terceiro dia de protestos da oposição em uma semana, várias centenas de manifestantes se dirigiram ao centro da capital, com planos de marchar até a sede do Conselho Nacional Eleitoral (CNE). Mas soldados da Guarda Nacional e a polícia isolaram o quarteirão onde os manifestantes planejavam se reunir. A multidão seguiu, então, para as ruas próximas, agitando bandeiras e gritando slogans contra Maduro. Cerca de cem manifestantes foram alvo de gás lacrimogêneo quando tentavam furar uma barreira policial, disseram testemunhas. "Eles estão assustados. Os venezuelanos estão cansados, com fome", disse o manifestante Alfredo Gonzales, de 76 anos, que usava um cachecol cobrindo a boca e disse ter sido alvo de spray de pimenta. O presidente da Assembleia Nacional, Henry Ramos Allup, que encabeçou a marcha ao lado do líder da oposição, Henrique Capriles, qualificou de "insólito" que, para solicitar um referendo que está na Constituição, os oposicionistas tenham que enfrentar uma barreira policial. "Estamos promovendo uma saída constitucional à crise", afirmou. Uma manifestação anti-Maduro na quarta-feira da semana passada também acabou em violência, com tropas usando gás lacrimogêneo para conter pessoas que atiravam pedras. Um policial usou spray de pimenta contra Capriles. Maduro, que venceu a eleição para suceder o falecido presidente Hugo Chávez em 2013, acusa Capriles e outros líderes da oposição de tentativa de golpe com a ajuda dos Estados Unidos. Capitalizando o descontentamento popular pela crise econômica do país, a coalizão da oposição Mesa de Unidade Democrática (MUD) ganhou controle da Assembleia Nacional nas eleições de dezembro passado. Todas as medidas legislativas, no entanto, foram derrubadas pela suprema corte, que apoia o governo. PV/rtr/dpa

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