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Coca-Cola pode interromper produção na Venezuela por falta de açúcar

Venezuelanos reclamam a dificuldade de obterem materiais como açúcar, leite, arroz e café
15:32 | Mai. 21, 2016
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A empresa que produz a Coca-Cola na Venezuela anunciou neste sábado, 21, em comunicado, que está com dificuldades para conseguir açúcar para a fabricação do produto, devido à paralisação dos engenhos açucareiros locais.

"As centrais açucareiras nacionais (venezuelanas), fornecedores de açúcar refinado de uso industrial para a nossa operação, nos comunicaram que paralisaram temporariamente suas operações por falta de matéria-prima", explica o comunicado divulgado em Caracas.

Segundo a Coca-Cola Femsa, "ações específicas" estão sendo realizadas para enfrentar o problema de maneira coordenada com fornecedores, autoridades competentes e trabalhadores.

"O sistema Coca-Cola da Venezuela informa que as nossas fábricas estão operando e continuarão a produzir até que se esgote todo açúcar refinado, industrial, em estoque", explica.

Segundo o diário venezuelano El Universal, se a Coca-Cola não conseguir repor o estoque em breve, haverá interrupções temporárias na produção das bebidas, que somam 90% da produção local.

A empresa mexicana Coca-Cola Femsa está na Venezuela desde 2003, quando comprou a produtora de bebidas Panamerican Beverages Inc (Panamco) e está presente em outros países da região como a Argentina, Brasil, Colômbia, Costa Rica, Guatemala, México e Panamá.

Na Venezuela, há fábricas em várias cidades que empregam mais de 7 mil trabalhadores.


No país, são cada vez mais frequentes as queixas de venezuelanos, cidadãos e fabricantes, sobre dificuldades para conseguir no mercado local alguns produtos como o açúcar, o leite, a farinha, o arroz, a margarina, o café e outros.

Os empresários se queixam também de dificuldades no acesso a recursos para importação, após um sistema rígido de controle cambial que está em vigor desde 2003 no país.

O sistema de controle cambial impede a livre obtenção local de moeda estrangeira e obriga os importadores a recorrerem às autoridades para terem autorização para acesso ao dólar, um processo que dizem ser também demorado.

Agência Brasil

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