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MP argentino denuncia juiz que chamou Cristina a depor

20:30 | Abr. 20, 2016
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Uma semana após a ex-presidente Cristina Kirchner depor sobre indícios de fraude na venda de dólar no fim de seu mandato, o Ministério Público argentino denunciou o juiz que a convocou. O promotor Jorge Di Lello atendeu a solicitação de deputados kirchneristas e pediu nesta quarta-feira, 20, que se investigue o magistrado Claudio Bonadio por abuso de autoridade. Também denunciou o presidente do Banco Central, Federico Sturzenegger, por "prejuízo à administração pública".

Di Lello alega que quem comprou a divisa na cotação oficial no último triênio de 2016 (9,60 pesos) para receber este ano lucrou porque o governo do presidente Mauricio Macri soltou o câmbio em dezembro. Hoje o dólar é vendido a 14,20 pesos. Bonadio diz que a operação kirchnerista deu prejuízo de R$ 18 bilhões, pois a moeda foi negociada com um preço em média 42% abaixo da cotação internacional, que tinha como base o mercado paralelo. A manobra ajudou a diminuir a demanda pela divisa no fim da campanha eleitoral, quando o Banco Central tinha reservas baixas.

Di Lello pediu ao juiz Sergio Torres que autorize a investigação dos nomes dos compradores da divisa entre 15 de outubro e 9 de dezembro, data em que a coalizão de Macri conseguiu na Justiça suspender a venda no mercado futuro. Cristina alega que a operação era uma política econômica de governo legal. Paradoxalmente, o argumento serve também à administração atual para justificar a desvalorização do peso.

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