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Hillary e Clinton vencem primárias de Nova York

07:33 | Abr. 20, 2016
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Ex-secretária de Estado e magnata obtêm vitórias esmagadoras e se aproximam da nomeação à candidatura presidencial de seus partidos. Ambos afirmam que as disputas internas estão quase no fim. A democrata Hillary Clinton e o republicano Donald Trump venceram nesta terça-feira (19/04) as primárias de Nova York e deram um importante passo para serem nomeados candidatos de seus partidos nas eleições presidenciais americanas de 2016. O pleito, porém, foi ofuscado por problemas nas listas de votação. Com 94% das urnas apuradas, Trump, que é nova-iorquino, venceu com larga margem. O magnata conquistou 60,5% dos votos, enquanto seu principal concorrente, o senador do Texas Ted Cruz, somou apenas 14,5%. O governador do estado americano de Ohio, John Kasich, surpreendeu e ficou em segundo lugar, com 25,1% dos votos. Entre os republicanos, 95 delegados estavam em jogo nas primárias de Nova York, e a vitória expressiva de Trump deve garantir a ele quase todos os representantes. Isso o deixaria muito perto dos 1.237 delegados necessários para assegurar a nomeação e evitar uma convenção partidária nacional em julho. "Senador Cruz está prestes a ser matematicamente eliminado", afirmou Trump, em meio a gritos e aplausos de adeptos no Trump Tower. "Baseado no que estou vendo na televisão, não sobrou mais muito de uma corrida. Estamos realmente avassaladores", celebrou. Já do lado democrata, Clinton conquistou 57,9% dos votos, enquanto seu adversário, o senador Bernie Sanders, somou 42,1%. Em Nova York, os pré-candidatos disputaram 247 delegados democratas. Após a confirmação de sua vitória, a ex-secretária de Estado afirmou que a corrida democrata entrou na reta final. "Obrigado, Nova York. Hoje vocês provaram mais uma vez que não há lugar como o próprio lar", agradeceu Clinton, perante seguidores que gritavam seu nome num hotel em Manhattan, onde ela subiu num palco com o marido, Bill Clinton, e a filha Chelsea, que está grávida. "A corrida pela indicação democrata está na reta final e a vitória está à vista." Sanders parabenizou sua rival pela vitória, mas lamentou os problemas nos centros de votação durante a jornada eleitoral. "Felicito a secretária Clinton pela sua vitória. Na semana que vem competiremos na Pensilvânia, Maryland, Connecticut, Rhode Island e Delaware e esperamos ganhar vários desses estados", disse o senador de Vermont, referindo-se às primárias que serão disputadas na próxima terça-feira. Problemas e confusão na votação democrata "No entanto, devo dizer que me preocupa muito a forma como se realizou o processo de votação no estado de Nova York. Não sou o único que está preocupado. A autoridade eleitoral de Nova York se referiu a irregularidades nas votações e a situações de caos nos colégios eleitorais", afirmou Sanders. Cerca de 125 mil eleitores do distrito de Brooklyn, exatamente o local de nascimento do senador, tiveram dificuldades em votar devido a erros nas listas, afirmou o fiscal eleitoral de Nova York, Scott M. Stringer. Num comunicado, Stringer confirmou que milhares de eleitores do Partido Democrata de Brooklyn foram eliminados do censo entre novembro de 2015 e este mês sem que isso tivesse sido "adequadamente" explicado. Além desse incidente, Sanders também lamentou que "num estado tão grande como Nova York quase 30% dos eleitores, cerca de 3 milhões de pessoas, não tenham podido votar porque estavam registrados como independentes". As regras internas no Partido Democrata no estado de Nova York estabelecem que apenas os eleitores registrados previamente como democratas podem participar do processo das primárias, excluindo, portanto, republicanos ou os registrados como independentes. Stringer ordenou uma auditoria no conselho de eleições da cidade. "As pessoas da cidade de Nova York perderam a confiança que o conselho eleitoral pode efetivamente administrar as eleições, e nós queremos descobrir por que o conselho é tão consistentemente desorganizado, caótico e ineficiente, afirmou. Scanners com defeito, atraso na abertura de centros de votação e poucos funcionários estavam entre os outros problemas citados pelo fiscal. PV/lusa/rtr/ap/afp

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