Participamos do

Irmãos e companheiros de terrorismo

13:56 | Mar. 23, 2016
Autor O POVO
Foto do autor
O POVO Autor
Ver perfil do autor
Tipo Notícia
Said e Cherif Kouachi: irmãos franceses, de ascendência argelina, atacaram o "Charlie Hebdo"Autoridades belgas identificaram Khalid e Ibrahim El Bakraoui como dois dos autores dos ataques em Bruxelas, e esta não é a primeira vez que irmãos executam juntos atentados terroristas. Relembre outros casos. A procuradoria federal belga identificou os irmãos Khalid e Ibrahim El Bakraoui os suspeitos de terem perpetrado os atentados desta terça-feira (22/03) em Bruxelas. O envolvimento fraterno em ataques terroristas já ocorreu uma série de vezes. A seguir, uma lista de casos: Khalid e Ibrahim El Bakraoui, ataques em Bruxelas, 22 de março de 2016 Khalid, que tinha 27 anos, realizou o atentado na estação Maelbeek, segundo o procurador federal Frédéric Van Leeuw. O jovem usou uma identidade falsa para alugar um apartamento em Bruxelas, no bairro de Forest, segundo a emissora RTBF, onde a polícia realizou uma batida policial na semana passada, prendendo Salah Abdeslam, o pirncipal suspeito dos ataques de 13 de Novembro, em Paris. Em 2011, Khalid foi condenado a cinco anos de prisão por roubos de carros, depois de ter sido preso na posse de rifles kalashnikov, de acordo com a agência de notícias Belga. IBrahim, que tinha 29 anos, foi um dos homens-bomba no aeroporto de Bruxelas, conforme o procurador. Em 2010, ele foi condenado a nove anos por atirar na polícia com uma kalashnikov durante um assalto, informou a agência Belga. Salah e Ibrahim Abdeslam, ataques em Paris, 13 de novembro de 2015 Salah, um francês de 26 anos que morava em Molenbeek, foi preso nesse bairro de Bruxelas no último dia 18 de março. O promotor francês François Molins disse que Abdeslam tinha a intenção de se explodir no estádio Stade de France em 13 de novembro do ano passado, mas desistiu. Ibrahim, francês de 31 anos, vivia na Bélgica e explodiu a si mesmo no restaurante Comptoir Voltaire em Paris. Ele tinha, juntamente com Salah, um bar em Molenbeek, que atualmente está fechado. Cherif e Said Kouachi, ataques contra o Charlie Hebdo, 7 de janeiro de 2015 Cherif, que tinha 32 anos, nasceu em Paris e assumiu o nome Abu Issen, segundo o Le Monde. Em 2008, ele foi condenado por fazer parte de um grupo chamado Buttes Chaumont, que recrutou combatentes para a rede terrorista Al Qaeda, entre 2004 e 2006. Ele foi sentenciado a três anos de prisão, mas só ficou preso 18 meses. Depois da sua libertação, conseguiu um emprego num supermercado. Said também nasceu em Paris, em 7 de setembro de 1980. Ele teria viajado ao Iêmen e recebido treinamento militar de terroristas afiliados à Al Qaeda, segundo a mídia dos EUA. Os irmãos, de ascendência argelina e que ficaram órfãos quando crianças, teriam se radicalizado quando começaram a frequentar a mesquita de Adda'wa, em Paris, em 2003. Eles foram mortos dois dias depois de atacarem a sede do jornal satírico Charlie Hebdo, em Paris, quando a polícia cercou o esconderijo deles, a nordeste da cidade. Tamerlan e Dzhokhar Tsarnaev, atentado em Boston, 15 de abril de 2013 Tamerlan, que tinha 26 de anos, morreu baleado e com ferimentos de explosão em um hospital de Boston em 19 de abril, depois de um tiroteio com a polícia em Watertown, nos arredores de Boston. Dzhokhar, então com 19 anos, foi encontrado na mesma noite, se escondendo dentro de uma lancha coberta estacionada no quintal de uma casa. Os irmãos detonaram duas mochilas contendo panelas de pressão caseiras carregadas com explosivos e pregos durante a Maratona de Boston. Dzhokhar foi condenado à morte em junho de 2015. A defesa argumentou no julgamento que Tamerlan foi o cérebro por trás do ataque e que Dzhokhar não merecia a pena de morte. Mohammed e Abdelkader Merah, tiroteios em Toulouse, 19 de março de 2012 Mohammed Merah, que tinha 23 anos, matou sete pessoas três soldados e mais três crianças e um rabino numa escola judaica durante vários dias de terror em Toulouse, na França. O criminoso, convertido ao islamismo radical e identificado como um ativista da Al Qaeda, foi morto três dias mais tarde em seu apartamento. Merah disse que estava agindo sozinho, mas permanecem dúvidas sobre a alegação. Seu irmão mais velho, Abdelkader, na época com 29 anos, foi acusado de cumplicidade nos ataques. A polícia suspeita que ele, que estava sob vigilância por ligações com grupos islâmicos radicais, doutrinara o irmão mais novo. MD/dpa/rtr

Dúvidas, Críticas e Sugestões? Fale com a gente