Iraque enterra vítimas de ataque suicida
Vários adolescentes estão entre os mortos da explosão de homem-bomba em estádio de futebol perto de Bagdá. Há ao menos 32 mortos e 84 feridos. "Estado Islâmico" assume autoria de atentado.
O Iraque enterrou neste sábado (26/03) as vítimas, entre elas muitos adolescentes, do ataque suicida durante a cerimônia de entrega de troféus num torneio de futebol no vilarejo de Al Asriya, próximo da cidade de Iskandariyah, a cerca de 40 quilômetros ao sul de Bagdá.
"Há 32 mortos e também 84 feridos, 12 deles em estado grave", afirmou uma autoridade do setor de saúde da província de Babil, acrescentando que "dezessete dos mortos eram garotos entre 10 e 16 anos."
Na foto divulgada pelo "Estado Islâmico" (EI), que assumiu a autoria do ataque, o agressor aparenta também ser um adolescente. O homem-bomba detonou os explosivos em seu corpo na tarde desta sexta-feira, enquanto as autoridades entregavam os troféus aos jogadores.
"O responsável pelo ataque suicida adentrou a multidão para se aproximar do centro da cerimônia e detonou os explosivos enquanto o prefeito estava presenteando os troféus aos jogadores", disse Ali Nashmi, de 18 anos, que testemunhou o ataque.
Entre os mortos estão o prefeito, Ahmed Shaker, como também um de seus guarda-costas e cinco membros das forças de segurança.
Neste sábado, o secretário-geral da ONU, Ban Ki-moon, que estava de visita ao Iraque, enviou suas condolências ao povo iraquiano: "Gostaria de aproveitar esta oportunidade para expressar as minhas mais profundas condolências ao povo e ao governo iraquiano, especialmente aos familiares afetados pelos ataques terroristas de ontem."
A Confederação Asiática de Futebol (AFC, na sigla em inglês) também emitiu nota, condenando o atentado. "Futebol é uma força poderosa para o bem e nosso esporte tem uma longa história de reunir as pessoas pelo mundo, mesmo durante conflitos", afirmou o comunicado.
"Usar estádios esportivos e de futebol como palco para tais hediondos atos de violência é uma ação covarde, completamente injusta e indiscriminada", pontuou a nota da AFC.
CA/afp/lusa
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