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Vacina contra zika só será testada em 18 meses, diz OMS

08:06 | Fev. 12, 2016
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Pesquisas devem levar ainda um ano e meio para alcançar fase de testes em larga escala. Para organização, ligação entre vírus e microcefalia é cada vez mais provável e confirmação científica deve ocorrer em breve. A Organização Mundial de Saúde (OMS) afirmou nesta sexta-feira (12/02) que testes em larga escala de uma vacina contra o vírus zika devem acontecer somente em 18 meses. "Apesar do cenário encorajador, as vacinas estão pelo menos 18 meses longe da fase de testes em larga escala", afirmou a vice-diretora de sistemas de saúde e inovação da OMS, Marie-Paule Kieny. A OMS listou 15 empresas e grupos que desenvolvem atualmente pesquisas na aérea. Kieny acrescentou que duas candidatas à vacina estão em um estágio mais avançado: uma desenvolvida pelo Instituto Nacional para Saúde dos Estados Unidos e outra da empresa farmacêutica Bharat Biotech, na Índia. A declaração da organização é mais cautelosa do que a do governo brasileiro. Na última quinta-feira, o ministro da Saúde, Marcelo Castro, disse que uma parceria firmada entre o Instituto Evandro Chagas, no Pará, e a Universidade do Texas, nos Estados Unidos, possibilitará que a vacina contra o zika seja desenvolvida em até 12 meses. Após essa etapa, a vacina ainda precisa passar por testes clínicos para, em seguida, começar a ser produzida e disponibilizada à população. Essa fase deve durar mais dois anos, totalizando três anos para que todo o processo seja concluído. Microcefalia A diretora da OMS disse que a organização acredita cada vez mais na probabilidade da relação entre o vírus zika, casos de microcefalia e da síndrome de Guillain-Barre, mas ressaltou que a confirmação científica deve ocorrer dentro de quatro a oito semanas. "Temos algumas poucas semanas para ter certeza da causalidade, mais a ligação entre zika e síndrome de Guillain-Barre é altamente provável", disse Kieny. O Brasil é o país mais afetado pelo surto de zika, com mais de 1,5 milhão de infectados e três mortes confirmadas. A Venezuela também confirmou na quinta-feira três mortes por complicações de saúde ligadas ao vírus. O surto se espalhou rapidamente pela América Latina e levou a OMS a decretar emergência sanitária mundial por causa do elevado número de casos de microcefalia e outras complicações neurológicas no Brasil, possivelmente relacionados ao zika. CN/rtr/afp/ap

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