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Unicef pede US$ 9 milhões para combate ao zika na América

O objetivo é limitar a propagação do vírus e atenuar seu impacto sobre os recém-nascidos e suas famílias
11:43 | Fev. 03, 2016
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Órgão da ONU quer limitar a propagação do vírus e atenuar o impacto da doença sobre recém-nascidos. "Há preocupação suficiente para justificar uma ação imediata", afirma.

O Fundo das Nações Unidas para a Infância (Unicef) lançou um apelo para arrecadar cerca de 9 milhões de dólares para o financiamento de programas de combate ao Zika. O objetivo é limitar a propagação do vírus e atenuar seu impacto sobre os recém-nascidos e suas famílias.

"Sendo o vírus zika uma emergência de saúde que afeta mais de 20 países da América Latina e do Caribe, o Unicef está trabalhando com os governos para mobilizar as comunidades a se protegerem da infecção", diz a nota divulgada pelo órgão nesta terça-feira (02/02).

No início da semana, a Organização Mundial da Saúde declarou emergência sanitária mundial por conta do surto de microcefalia no Brasil, mas deixou claro que ainda não há evidências conclusivas da relação entre a malformação e o zika.

De qualquer forma, o Unicef afirmou que "há preocupação suficiente para justificar uma ação imediata" a respeito do vírus. "Precisamos agir rápido para oferecer às mulheres e gestantes a informação necessária para proteger a si e seus bebês", disse Heather Papowitz, assessora para emergências de saúde do Unicef.

"Precisamos engajar as comunidades no combate ao mosquito que carrega e transmite o vírus", acrescentou a especialista, referindo-se ao Aedes aegypti, também transmissor da dengue. O órgão da ONU disse estar trabalhando em parceria com o governo brasileiro para instruir os cidadãos sobre como evitar picadas e eliminar criadouros.

O comunicado lista uma série de simples medidas que podem ajudar a manter as pessoas a salvo do mosquito, como usar repelentes apropriados, vestir roupas compridas e claras, eliminar os locais de procriação dos insetos e colocar telas nas janelas e portas.

Por fim, o Unicef afirmou que, apesar de um número elevado de casos de microcefalia ter sido relatado apenas no Brasil, o órgão decidiu ampliar seu apoio a outros países da América Latina e Caribe, utilizando uma rede de escritórios que atendem 35 países da região.

Casos crescem no Brasil

O Ministério da Saúde divulgou que o número de casos confirmados de microcefalia no país subiu 49,6% em uma semana, passando de 270 para 404. Desses, ao menos 17 estariam relacionados ao zika. Já o número de casos suspeitos cresceu de 4.180 para 4.783 no mesmo período.

Nesta quarta-feira, a presidente Dilma Rousseff fará um pronunciamento em rede nacional de rádio e televisão para pedir que a população ajude no combate ao mosquito.



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