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Rei da Espanha encarrega líder socialista de formar governo

17:39 | Fev. 02, 2016
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Depois do fracasso de Mariano Rajoy, Felipe 6º encarrega Pedro Sánchez de formar um novo governo para o país. Tarefa, porém, não é fácil. O rei da Espanha, Felipe 6º, incumbiu nesta terça-feira (02/02) o líder socialista Pedro Sánchez da formação de um novo governo. Com isso, abre-se um período de negociação para que o secretário-geral do Partido Socialista Operário Espanhol (PSOE) tente obter uma maioria parlamentar. O presidente do Congresso dos Deputados (Parlamento espanhol), o socialista Patxi López, comunicou a decisão do rei, tomada após uma segunda rodada de consultas com os líderes das formações partidárias com assentos parlamentares. López explicou que o rei ligou para o líder socialista para informá-lo de que é o novo candidato a presidente do governo, depois de o presidente interino do governo, o conservador Mariano Rajoy, ter comunicado que carece de apoio dentro do Congresso. Sánchez e o PSOE terão de fazer acordos para chegar a uma maioria no Parlamento que lhes permita contornar numa primeira ou em votações sucessivas um voto contrário quase certo do Partido Popular (PP), de Rajoy. Sánchez rejeitou anteriormente formar uma ampla coalizão com os conservadores. O líder da legenda antiausteridade Podemos, Pablo Iglesias, reiterou nesta terça-feira sua proposta de um governo de coalizão com o PSOE, mas criticou a falta de resposta do secretário-geral socialista, afirmando que lhe parece que ambos "se comunicam pela imprensa". "Não entendo que alguns apostem na ambiguidade e na hipocrisia. Pedro Sánchez está há dez dias sem responder à nossa proposta de governo e há 30 dias esperando por Rajoy. Nesse ritmo teremos cabelos brancos antes de formarmos um governo. Continuamos com a mão estendida", disse. Iglesias propõe uma ampla coalizão entre o PSOE, o Podemos e a Esquerda Unida aliança que, porém, não alcançaria a maioria parlamentar, precisando assim do apoio de diversas siglas nacionalistas e de outros partidos menores em cada votação. Já o Ciudadanos rejeita participar de um governo com o Podemos, e o PP rejeita qualquer formação que não tenha Rajoy à frente do governo. A Espanha tenta definir seu novo chefe de governo desde as eleições de 20 de dezembro, quando o PP foi a legenda mais votada, mas não conseguiu a maioria absoluta. O PP conquistou 123 deputados no Parlamento de 350 assentos, 53 a menos que o necessário. O PSOE elegeu 90 parlamentares e o Podemos conquistou 69 assentos. PV/dpa/lusa/efe

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