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Papa Francisco admite contracepção em casos de zika

O pontífice ainda criticou duramente a proposta de Trump de erguer um muro na fronteira e deportar milhões de imigrantes ilegais
15:00 | Fev. 18, 2016
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O papa Francisco sugeriu nesta quinta-feira, 18, que as mulheres ameaçadas com o zika vírus poderiam usar métodos contraceptivos, mas não abortar o feto, dizendo que há uma clara diferença moral entre abortar e prevenir uma gravidez, disse ele abordo de seu avião.

Francisco respondeu a pergunta de um repórter que questionou se o aborto e o uso de contraceptivos poderiam ser considerados um "mal menor" quando ligados aos casos do vírus zika ou de microcefalia.

"O aborto não é um mal menor, é um crime", disse ele a repórteres. "Retirar uma vida para salvar outra é o que a máfia faz. É um crime. É um mal absoluto". Por outro lado, evitar a gravidez não é um mal absoluto em certos casos, como quando uma pessoa está com o vírus zika, disse o papa.

Em outra questão, desta vez envolvendo as eleições presidenciais nos EUA, o papa Francisco disse que a posição do pré-candidato republicano Donald Trump sobre a imigração "não é cristã", disse ele durante uma coletiva de imprensa dentro de seu avião enquanto viajava para Roma após sua visita ao México, onde a situação dos imigrantes foi um tema central.

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O pontífice criticou duramente a proposta de Trump de erguer um muro na fronteira e deportar milhões de imigrantes ilegais. "Uma pessoa que só pensa sobre a construção de muros, onde quer que estejam, e não na construção de pontes, não é cristã. Isso não está no Evangelho", disse o papa.

"Este homem não é cristão, se ele fala dessa maneira". Antes de sair do México na quarta-feira, o papa mostrou a sua solidariedade com os migrantes.

Logo após as declarações do papa, Trump se pronunciou, afirmando que um líder religioso questionar a fé de uma pessoa é "vergonhoso". Fonte: Associated Press

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