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Otan estuda possibilidade de se unir à coalizão contra grupo EI

Os 28 membros da Aliança Atlântica já participam individualmente da coalizão contra o EI, liderada pelos Estados Unidos, que reúne 66 países
18:45 | Fev. 11, 2016
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A Otan "explora a possibilidade" de se unir à coalizão contra o grupo jihadista Estado Islâmico (EI) na Síria e no Iraque, indicou nesta quinta-feira, 11, o secretário de Defesa americano, Ashton Carter.
"Estamos agora explorando a possibilidade de que a Otan se una à coalizão (...), o que é um desenvolvimento significativo", disse o chefe do Pentágono, ao final de uma reunião ministerial da coalizão em Bruxelas.

Os 28 membros da Aliança Atlântica já participam individualmente da coalizão contra o EI, liderada pelos Estados Unidos, que reúne 66 países. A Otan se manteve até agora à margem da ofensiva contra o EI. "A Otan como novo membro poderia aportar capacidades únicas, inclusive a experiência para formar e treinar tropas terrestres e apoiando a estabilização", acrescentou Carter.

Nesta quinta, a Otan deu seu aval para enviar seus aviões de vigilância AWCAS nos Estados Unidos para permitir à Força Aérea americana liberar suas próprias aeronaves em operações aéreas em Iraque e Síria. No total, 49 países estavam representados na reunião, entre eles Iraque e Arábia Saudita.

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O chefe do Pentágono pediu aos membros da coalizão que contribuam com mais armas, equipamento, tropas e contribuições financeiras para lançar o "plano de campanha militar" da coalizão que tem como primeiro objetivo "reconquistar" Mossul, a segunda cidade do Iraque, e o bastião sírio do EI, Raqa. Em 18 meses, a coalizão liderada pelos Estados Unidos fez mais de 10.000 bombardeios aéreos.

O Pentágono estima que o Estado Islâmico tenha perdido 40% dos territórios que ocupava no Iraque, entre eles a cidade de Ramadi, e 10% dos que controlava na Síria. Mas a ofensiva para reconquistar Mossul e Raqa poderia ser lançada em vários meses. Pouco antes, Ahmed Assiri, porta-voz do ministro saudita da Defesa, o vice-príncipe herdeiro Mohamed ben Salman, assegurou que a decisão do reino de mobilizar forças em terra na Síria era "irreversível".

"O reino está preparado para lançar operações aéreas ou terrestres (...) no âmbito da coalizão e sob comando dos Estados Unidos", explicou sem dar maiores detalhes. Esta proposta já foi saudada na semana passada por representantes do Pentágono.

AFP

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