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Líder supremo do Irã diz que Arábia Saudita vai enfrentar "castigo divino"

08:35 | Jan. 03, 2016
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O líder supremo do Irã, aiatolá Ali Khamenei, disse neste domingo que a Arábia Saudita deverá enfrentar um castigo divino por ter executado o influente clérigo xiita al-Nemer Nemer, um movimento que atiçou as tensões sectárias em uma região já repleta de conflitos.

Na manhã de ontem, o governo da Arábia Saudita executou 47 pessoas condenadas por terrorismo, entre eles Nimr al-Nimr, que tinha 56 anos. Ele fazia oposição à dinastia sunita Al-Saud - que manda no país desde a sua criação, em 1932 - e foi condenado à morte em outubro de 2014, com a acusação de encorajar a intromissão estrangeira e desobediência a governantes da Arábia Saudita.

Khamenei disse ainda que a execução foi um "erro político" que não ficará impune. "Sem dúvida, a mão divina de vingança vai se voltar contra os tiranos que tomaram sua vida", afirmou. Tendo anteriormente advertido que a realização de uma sentença de morte contra al-Nemer "custaria caro à Arábia Saudita", o governo iraniano também convocou os sauditas encarregados de negócios em Teerã a protestar contra a execução.

A Arábia Saudita acusou o Irã de tentar estimular tensões e apoiar o terrorismo. "O regime iraniano tem revelado o seu verdadeiro rosto em apoio ao terrorismo, que é considerado uma continuação de sua política com o objetivo de desestabilizar a segurança dos países da região", disse o Ministério das Relações Exteriores saudita, no sábado. Fonte:

A execução de al-Nemer, ocorrida no sábado, gerou indignação em líderes xiitas do Irã, enquanto multidões invadiram a embaixada saudita em Teerã. A polícia foi chamada para restaurar a calma e 40 pessoas foram presas, informou o promotor de Teerã Abbas Jafari-Dolatabadi, segundo a agência de notícias estatal.

O presidente iraniano, Hassan Rohani, classificou o ataque à embaixada saudita como "injustificável". Rouhani disse que ordenou ao Ministério do Interior a prender os responsáveis pelo ataque à embaixada e levá-los a tribunal. Ele também chamou os responsáveis pelo ataque de "extremistas". Fonte: Dow Jones Newswires e Associated Press.

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