"Estado Islâmico" corta salários de jihadistas pela metade, diz ONG
Observatório Sírio dos Direitos Humanos divulga declaração na qual o grupo extremista anuncia cortes salariais que valem para todos os seus membros, não importando a posição que ocupem.
O grupo extremista Estado Islâmico (EI) anunciou que vai reduzir pela metade os salários dos seus membros na Síria e no Iraque, revelou nesta terça-feira (19/01) o Observatório Sírio dos Direitos Humanos, uma ONG baseada em Londres.
O grupo de monitoramento, que mantém uma rede de informantes por toda a Síria, divulgou o que afirma ser uma declaração na qual a organização extremista anuncia os cortes salariais. "Devido às circunstâncias excepcionais que o Estado Islâmico enfrenta, foi decidido cortar os salários dos mujahedeen pela metade", lê-se no comunicado em árabe, que acrescenta que a decisão vale para todos os jihadistas, independentemente da posição que ocupem.
A nota afirma ainda que a distribuição de ajuda alimentar continuará acontecendo duas vezes por mês, como de costume.
Segundo o ativista Rami Abdel Rahman, que coordena o Observatório Sírio dos Direitos Humanos, o corte significa que os combatentes sírios da organização vão ver seus salários serem reduzidos de 400 para 200 dólares mensais, enquanto os combatentes estrangeiros, que ganham o dobro, passarão a receber 400 dólares em vez dos anteriores 800.
O grupo extremista, que em junho de 2014 proclamou um califado nas zonas sob seu controle no Iraque e na Síria, esforça-se por manter um Estado em funcionamento, com instituições governamentais, hospitais e escolas e pagamento de impostos.
A piora na situação financeira pode ser resultante da intensificação dos ataques aéreos às suas infraestruturas petrolíferas na Síria e no Iraque, uma vez que a coligação liderada pelos Estados Unidos bombardeia instalações da organização em ambos os países, enquanto a Rússia ataca os jihadistas na Síria.
AS/afp/lusa
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